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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Futebol brasileiro perde para o europeu também no placar da televisão

Nunca, em tempo algum, se deu tanta visibilidade ao futebol europeu como nos tempos atuais. A Rede Bandeirantes, na aberta, porque a Rede Globo só entra no momento para ela mais conveniente, tem colhido resultados bem interessantes com a "Liga dos Campeões".
Liga dos Campeões que foi intensamente disputada pelos canais fechados e apresentou vitória do Esporte Interativo, com a Turner na retaguarda.
Emissoras como SporTV, ESPN e Fox, com os direitos que lhes cabem, têm dedicado forte espaço aos campeonatos de Portugal, França, Alemanha, Espanha, Itália e Inglaterra, que tudo junto, e misturado, está levando boa parcela do público saber de cor quem atua num Bayern, Barcelona, Real Madrid, PSG, Juventus, Roma ou qualquer outro da vida.
Hoje, em jogos de vídeo, ao se proceder a escolha dos times, a preferência sempre maior é por esses de fora. Só depois aparecem Flamengo, Corinthians, São Paulo etc.
Há casos, como revela o Mauro Beting, de alguns jovens preferirem ficar em casa a ir a um estádio, para ver um Barcelona ou Chelsea do que frequentar nossos estádios.
Isto pode ser uma simples consequência dos tempos, mas é o que está mais acontecendo.
É a televisão a culpada por toda essa exposição do que vem de fora? Claro que não.
As emissoras cumprem direitinho os seus papéis. O problema é do nosso futebol, fora das quatro linhas. E o mundo inteiro sabe disso, o que muito nos envergonha.
A Bandeirantes, com a Liga dos Campeões, jogos às quartas-feiras, parte da tarde, tem atingido média de 8 pontos na Grande São Paulo com as suas transmissões.
Hoje, para os seus atuais padrões de audiência, é um número extraordinário. E o desdobramento disso também.
A Globo, por exemplo, na atual temporada da Liga dos Campeões, vai iniciar as suas transmissões mais cedo, não nas semifinais ou finais como sempre aconteceu.
Para o dia 16 de março, já avisa a sua programação, espaço para Barcelona e Arsenal.
Esses números apresentados e o próprio comportamento das emissoras de televisão, que não rasgam dinheiro de jeito nenhum, já deveriam servir de base para aqueles que se intitulam responsáveis pelo nosso futebol.
Sempre considerando que nenhuma derrota por 7 a 1 em casa acontece por acaso.






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