Para agradar aos telespectadores cansados de violência e de
realismo na TV, a Rede Globo aposta na volta de Walcyr Carrasco à faixa das
18h, dez anos após "Alma Gêmea" (2005-2006), com "Eta Mundo Bom!", novela
inspirada no conto "Cândido ou o Otimismo" (1759), do filósofo francês
Voltaire, e no filme "Candinho" (1953), estrelado por Mazzaropi. Sergio
Guizé (foto), responsável por transmitir toda a inocência do protagonista,
conta que também usou Chaplin e Chaves como referências para seu
Candinho. "Assisto até hoje", revela, sobre o humorístico mexicano,
protagonizado por Roberto Gómez Bolaños, exibido no SBT desde 1984.
O ator conta que recebeu o convite para viver Candinho antes mesmo de estrear "Alto Astral", novela das sete de Daniel Ortiz, no ano passado, quando deu vida ao médium Caíque. De lá para cá, mergulhou de cabeça em filmes de Mazzaropi e buscou outras referências, sempre orientado pelo autor.
"Vi tudo o que podia. Quando era criança, já havia assistido "O Corintiano" [filme de Mazzaropi, 1966] e voltei a ver quando o Jorge [Fernando, diretor] me chamou para viver Candinho. Procurei não deixar só na coisa do Mazzaropi, e o Walcyr falou de Chaplin, que eu acho o maior artista do mundo. Fiz essa mistura, peguei o sotaque do Mazzaropi, muito Chaplin, Chaves e Voltaire", explica. "É claro que pegar um pouco de cada coisa e chegar em algum lugar é uma busca, mas faço isso sem pretensão, não quero copiar ninguém", completa.
As primeiras cenas da trama mostrarão o drama de Anastácia, vivida por Nathalia Dill na primeira fase e por Eliane Giardini na segunda. Ela dá à luz Candinho depois de esconder a gravidez do pai. O poderoso Barão de Goytacazes (Celso Frateschi) descobre que teve um neto e ordena que o capataz suma com a criança. O empregado coloca o bebê no rio e a correnteza o leva até a propriedade de Quinzinho (Ary Fontoura) e Cunegundes (Elizabeth Savalla), que o criam como filho. No entanto, com o passar dos anos e o nascimento de outros filhos, o casal começa a tratar Candinho mais como empregado do que como um membro da família.
Na década de 1940, com o rapaz já adulto, a relação dele com a família se rompe de vez. Ele se apaixona pela filha mais velha do casal, Filomena (Débora Nascimento), e é obrigado a deixar a fazenda. Pancrácio (Marco Nanini), um amigo da família que age como anjo da guarda de Candinho, o aconselha a ir para a capital à procura da mãe. Ele aceita a sugestão e parte com seu burro de estimação, Policarpo, para a cidade grande. Filomena sofrerá sem seu grande amor e fugirá de casa com Ernesto (Eriberto Leão), com quem viverá um violento e possessivo relacionamento.
Um ano de Candinho
Apesar de dramática, a história de Candinho ganha leveza por causa da personalidade da figura central da trama. "O otimismo sem limites, o amor ao próximo, sem muitas questões, sabe? Ele tem isso, é natural dele", explica Guizé. "[Será] uma novela leve, com amor e humor. E uma visão otimista da vida, quero que quem assista saia leve, feliz, com um sorriso de felicidade no rosto", afirma Walcyr Carrasco.
Além disso, a novela tem a missão de cativar o público durante quase um ano. Diferentemente da maioria dos folhetins, que se desenrola em cerca de oito meses, "Eta Mundo Bom!" Deve ser exibida até novembro, pois a emissora consideraria inadequado realizar alguma estreia durante os Jogos Olímpicos. Sobre o segredo para o novo (e longo) desafio, o autor prefere despistar.
"Não sou de fazer planos, mas de escrever à medida que a história vai acontecendo", esquiva-se Carrasco."Entreguei meu coração, minha emoção a este projeto. Agora torço para que o público compartilhe a minha emoção", completa.
O ator conta que recebeu o convite para viver Candinho antes mesmo de estrear "Alto Astral", novela das sete de Daniel Ortiz, no ano passado, quando deu vida ao médium Caíque. De lá para cá, mergulhou de cabeça em filmes de Mazzaropi e buscou outras referências, sempre orientado pelo autor.
"Vi tudo o que podia. Quando era criança, já havia assistido "O Corintiano" [filme de Mazzaropi, 1966] e voltei a ver quando o Jorge [Fernando, diretor] me chamou para viver Candinho. Procurei não deixar só na coisa do Mazzaropi, e o Walcyr falou de Chaplin, que eu acho o maior artista do mundo. Fiz essa mistura, peguei o sotaque do Mazzaropi, muito Chaplin, Chaves e Voltaire", explica. "É claro que pegar um pouco de cada coisa e chegar em algum lugar é uma busca, mas faço isso sem pretensão, não quero copiar ninguém", completa.
As primeiras cenas da trama mostrarão o drama de Anastácia, vivida por Nathalia Dill na primeira fase e por Eliane Giardini na segunda. Ela dá à luz Candinho depois de esconder a gravidez do pai. O poderoso Barão de Goytacazes (Celso Frateschi) descobre que teve um neto e ordena que o capataz suma com a criança. O empregado coloca o bebê no rio e a correnteza o leva até a propriedade de Quinzinho (Ary Fontoura) e Cunegundes (Elizabeth Savalla), que o criam como filho. No entanto, com o passar dos anos e o nascimento de outros filhos, o casal começa a tratar Candinho mais como empregado do que como um membro da família.
Na década de 1940, com o rapaz já adulto, a relação dele com a família se rompe de vez. Ele se apaixona pela filha mais velha do casal, Filomena (Débora Nascimento), e é obrigado a deixar a fazenda. Pancrácio (Marco Nanini), um amigo da família que age como anjo da guarda de Candinho, o aconselha a ir para a capital à procura da mãe. Ele aceita a sugestão e parte com seu burro de estimação, Policarpo, para a cidade grande. Filomena sofrerá sem seu grande amor e fugirá de casa com Ernesto (Eriberto Leão), com quem viverá um violento e possessivo relacionamento.
Um ano de Candinho
Apesar de dramática, a história de Candinho ganha leveza por causa da personalidade da figura central da trama. "O otimismo sem limites, o amor ao próximo, sem muitas questões, sabe? Ele tem isso, é natural dele", explica Guizé. "[Será] uma novela leve, com amor e humor. E uma visão otimista da vida, quero que quem assista saia leve, feliz, com um sorriso de felicidade no rosto", afirma Walcyr Carrasco.
Além disso, a novela tem a missão de cativar o público durante quase um ano. Diferentemente da maioria dos folhetins, que se desenrola em cerca de oito meses, "Eta Mundo Bom!" Deve ser exibida até novembro, pois a emissora consideraria inadequado realizar alguma estreia durante os Jogos Olímpicos. Sobre o segredo para o novo (e longo) desafio, o autor prefere despistar.
"Não sou de fazer planos, mas de escrever à medida que a história vai acontecendo", esquiva-se Carrasco."Entreguei meu coração, minha emoção a este projeto. Agora torço para que o público compartilhe a minha emoção", completa.
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