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sábado, 26 de dezembro de 2015

"Os jovens estão quebrando a cara buscando o novo", diz Tom Cavalcante

Longe da televisão havia quatro anos, Tom Cavalcante (foto) voltou em junho deste ano com o humorístico “#PartiuShopping”, no Multishow. O programa não terá segunda temporada, mas o comediante segue contratado do canal. Ele prepara para 2016 uma paródia de talk show, ainda sem nome, conduzida por alguns de seus personagens.
“Quando me chamaram para o ‘Partiu’, direção e roteiro estavam definidos, fiquei como observador. Agora, posso dar mais minha cara”, diz ele à coluna.

 
Seu humor é popular, como isso afasta a classe alta?
Pesco o que li num livro ou vi num filme e aplico isso de forma popular. As pessoas viajam em ideias elitistas. Por mais que eu tenha o privilégio de viver em Los Angeles, no ninho do cinema, sei que no meu país a maioria das pessoas ainda está crescendo economicamente e sonha em ter uma TV a cabo um dia.

Mas você acha que a classe alta está carente de programação humorística?
O que eu acho é que nos últimos tempos a gente perdeu a referência de Brasil. Com a internet, as pessoas vivem a máquina Estados Unidos de forma muito consistente, das roupas aos costumes. O humor brasileiro, assim como o inglês, continua sempre lidando com as referências nacionais.

Você participou há pouco do "Tomara que Caia", que saiu do ar por fraca audiência. O que deu errado?
Alguns formatos não dão certo. Pode ter um elenco estelar, mas se não tem química… As pessoas estão tentando levantar o novo, mas não percebem que o alicerce é o ensinamento do velho. 
Os jovens estão quebrando muito a cara buscando o novo. No “Tomara que Caia”, o Boninho falou: “Você tem que entrar de Ribamar”. Na hora, explodiu a audiência. E aí tinha gente que dizia “ah, mas Ribamar já foi”. Está errado. A mesma coisa com a “Escolinha” — a fórmula é de sucesso, vai explodir.

Quer voltar pra TV aberta?
Se tiver um projeto interessante, sim. No momento não tenho nada.





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