Enredos desgastados, erros e perdas de audiência da dramaturgia da Globo estão fazendo a direção da emissora rever os benefícios de alguns dramaturgos e, ao que tudo indica, o reinado inabalável dos "autores estrelas" está chegando ao fim.
Segundo fontes do canal, a intenção da Globo é investir cada vez mais em novos autores como Thelma Guedes, Elizabeth Jin, Duca Rachid, Daniel Ortiz, revezando os autores em vários horários de novelas da Globo.
Há os que defendam também uma equiparação de salários entre os dramaturgos da rede. Entre esse primeiro time de autores da Globo há quem receba mais de R$ 1 milhão por mês de salário. Entre outras estrelas do canal, somente Faustão e Galvão Bueno estão na casa desses salários milionários.
Autores mais novos, que conseguem muitas vezes mais sucesso em audiência do que os já consagrados, recebem entre 10% e 20% desse valor, entre R$ 100 mil e R$ 200 mil mensais. A diferença é gritante.
Isso sem contar que esse "segundo time" de autores costuma dar menos trabalho para a emissora. Faz menos exigências, não briga por elenco e não sai distribuindo farpas em entrevistas e redes sociais.
Outra regalia que já está sendo cortada é o excesso de colaboradores. Alguns autores que recrutam até oito colaboradores que os ajudam a escrever uma novela. São raras as exceções, como Glória Perez, que não gosta de trabalhar com colaboradores. A ideia agora é que cada dramaturgo trabalhe com uma equipe mais reduzida. Colaboradores estão sendo dispensados.
As mudanças devem causar confusão entre os autores mais velhos. Administrar esse time talentoso e genioso não é tarefa fácil.
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