É seu primeiro trabalho desde o fim de “O Rebu”, novela das 23h de curta duração, exibida em 2014.
Na trama de Manuela Dias, adaptada de “As Ligações Perigosas”, de Choderlos de Laclos, Isabel participará de jogos de sedução com Augusto (Selton Mello).
A história, com direção de Vinicius Coimbra, se passa nos anos 20. “É uma trama que fala de relações humanas. É o jogo de jogar com o humano, com suas fraquezas, suas fragilidades”, diz a atriz e diretora à coluna.
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Você tem preferido fazer minissérie e séries a novelas?Não escolho o trabalho pelo formato. Parto de boas histórias, bons personagens e de pessoas envolvidas que eu admire. O tempo maior de preparo nesses formatos me agrada, dá para elaborar mais as coisas. Mas novela também tem sua graça. Tive oportunidade de fazer grandes textos em novelas.
O que te atraiu na nova personagem e o que ela tem de diferente das anteriores?
Em “Ligações” os personagens são alimentados pelos pensamentos, tem uma doença na cabeça deles. A Constância, de “Lado a Lado”, tinha uma perversidade em relação à questão de dominação de classe. A Isabel é sedutora e tem a perversidade do feminino, de dominar, de gostar de ver o limite do outro, a fraqueza.
Houve um trabalho grande de preparação para “Ligações Perigosas”. Isso faz muita diferença para o ator?
Muita! Antes a preparação era mais rápida, uma leitura um mês antes e pronto. Agora, cada vez mais estão querendo começar antes, e pra gente é importante. No fundo é uma valorização do trabalho do ator, querendo de nós uma complexidade maior do nosso trabalho. Tem tempo de errar, de se arriscar, com textos exigindo cada vez mais. Para o ator, isso dá uma potência no sentido de se arriscar mais.
Você é contratada da TV Globo. Consegue dizer não para alguns trabalhos na TV?
Não me apego a dinheiro, status. O importante é ter prazer com o trabalho, e achar que de alguma maneira vou ser transformada por aquilo. Se não tem isso, para quê fazer? Eu e a Globo temos um relacionamento de 30 anos, desenvolvemos uma relação saudável. Consigo ter outros projetos. É importante fazer TV e não fazer. Tenho sempre alguns projetos no cinema, teatro. Quando não quero fazer algo, explico, sem arrogância, e acho que sou compreendida. Mas tô sempre trabalhando muito (risos).
Vê muitas mudanças nesses 30 anos trabalhando em TV?
Tem uma coisa técnica que mudou muito, de luz, de qualidade da imagem impressionante. Há uma busca grande por diversificação. Essa faixa das 23h traz novos autores, novos diretores. Sai do padrão, traz frescor.
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