As notícias de que, em muitos dias, "I Love Paraisópolis" tinha mais audiência do que "Babilônia", a produção das nove, ajudou a criar uma imagem de novela bem-sucedida. Mas os números de audiência mostram que o público foi aos poucos se decepcionando com o retrato fantasioso de uma das maiores favelas do país. Não era a novela das sete que era forte. Era a das nove que era fraca. Hoje, "A Regra do Jogo", em um cenário mais competitivo, já encosta nos 30 pontos. " I Love Paraisópolis" estacionou nos modestos 20 e poucos.
"I Love Paraisópolis" não segurou o bom desempenho inicial porque o telespectador não "comprou" Caio Castro como "bandidão" (tanto que Lima Duarte teve que se improvisar como vilão), não assimilou a presença de mafiosos no quintal do PCC e não se empolgou com o conto de fadas dos mocinhos de Bruna Marquezine e Mauricio Destri. A novela só não foi um fiasco porque seus autores tiveram habilidade de criar boas tramas e personagens secundários. E porque tem uma vilã carismática defendida por Letícia Spiller.
A novela que termina nesta sexta-feira (6) ainda terá a melhor média das últimas três produções do horário: 24 pontos na Grande São Paulo, contra 22 de "Alto Astral" e 19 de "Geração Brasil". Em uma época em que a novela das nove sofre para marcar 25 e que o "Jornal Nacional" é saco de pancadas de uma produção bíblica da Record, "I Love Paraisópolis" apresentou um bom resultado. Mas o gráfico decrescente (perdeu um ponto de média a cada dois meses) indica que falhou na missão de reconquistar público para o horário. Pelo contrário, um de cada dez telespectadores que a viram em maio hoje estão fazendo outra coisa. Por exemplo, assistindo ao "Cidade Alerta", que levanta "Os Dez Mandamentos", que derrota o "JN", que não termina forte para ajudar "A Regra do Jogo".
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