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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Após começo promissor, "I Love Paraisópolis" decepciona e cai no audiência

Quando entrou no ar, em maio, "I Love Paraisópolis" despontava como uma promessa de audiência robusta para a faixa das 19h30min da Rede Globo. Logo em seu primeiro mês, cravou 25 pontos de média, algo que sua antecessora, "Alto Astral", não conseguira nem na reta final. Passados seis meses, o "estouro" de "I Love Paraisópolis" ficou só na promessa. A audiência caiu 13% desde então. Em outubro, a média foi de 22 pontos. No Ibope da Grande São Paulo, virou uma novela das sete como outra qualquer.
As notícias de que, em muitos dias, "I Love Paraisópolis" tinha mais audiência do que "Babilônia", a produção das nove, ajudou a criar uma imagem de novela bem-sucedida. Mas os números de audiência mostram que o público foi aos poucos se decepcionando com o retrato fantasioso de uma das maiores favelas do país. Não era a novela das sete que era forte. Era a das nove que era fraca. Hoje, "A Regra do Jogo", em um cenário mais competitivo, já encosta nos 30 pontos. " I Love Paraisópolis" estacionou nos modestos 20 e poucos.
"I Love Paraisópolis" não segurou o bom desempenho inicial porque o telespectador não "comprou" Caio Castro como "bandidão" (tanto que Lima Duarte teve que se improvisar como vilão), não assimilou a presença de mafiosos no quintal do PCC e não se empolgou com o conto de fadas dos mocinhos de Bruna Marquezine e Mauricio Destri. A novela só não foi um fiasco porque seus autores tiveram habilidade de criar boas tramas e personagens secundários. E porque tem uma vilã carismática defendida por Letícia Spiller.
A novela que termina nesta sexta-feira (6) ainda terá a melhor média das últimas três produções do horário: 24 pontos na Grande São Paulo, contra 22 de "Alto Astral" e 19 de "Geração Brasil". Em uma época em que a novela das nove sofre para marcar 25 e que o "Jornal Nacional" é saco de pancadas de uma produção bíblica da Record, "I Love Paraisópolis" apresentou um bom resultado. Mas o gráfico decrescente (perdeu um ponto de média a cada dois meses) indica que falhou na missão de reconquistar público para o horário. Pelo contrário, um de cada dez telespectadores que a viram em maio hoje estão fazendo outra coisa. Por exemplo, assistindo ao "Cidade Alerta", que levanta "Os Dez Mandamentos", que derrota o "JN", que não termina forte para ajudar "A Regra do Jogo".
 






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