O GfK diz que envia os dados para as emissoras e elas fazem o que querem. Mas não é bem isso o que está acontecendo, conforme o Notícias da TV apurou. O instituto pediu aos principais executivos das três redes para que mantenham os dados sob controle absoluto durante pelo menos os primeiros 15 dias. Uma cláusula no contrato do GfK com as redes as proíbe de divulgar os dados enquanto eles não forem auditados pela Ernst & Young, que acaba de ser contratada. É possível que a divulgação dos números do GfK demore até dois ou três meses para começar.
O instituto quer evitar o vazamento de informações que possam causar enforia ou disforia entre profissionais de TV e do mercado de publicidade nessa primeira fase de medição, em que podem surgir distorções e ocorrer ajustes.
Contratado por SBT, Record e RedeTV! (a Band rompeu com o instituto), o GfK consumirá investimento de US$ 100 milhões dessas emissoras nos cinco primeiros anos de operação. A empresa promete uma medição mais robusta do que a do Ibope, com people metters em 6.000 casas nas 15 principais regiões metropolitanas. A base de medição foi montada a partir de 67 mil entrevistas.
Procurada, a GfK afirma que seu "compromisso é entregar os dados para as emissoras, o que está sendo feito por meio de uma plataforma eletrônica. Como esses dados serão utilizados é uma decisão das próprias emissoras, sobre a qual a GfK não pode comentar".
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