A direção da emissora avalia que precisa iniciar sua programação jornalística mais cedo em contraofensiva à estratégia da Rede Globo, que desde dezembro do ano passado exibe a partir das 5h o "Hora 1", um telejornal pensado para quem sai cada vez mais cedo de casa para fugir ou enfrentar o trânsito das grandes cidades.
Com o "Hora 1", a audiência da Globo entre 5h e 6h praticamente dobrou. Em muitos dias, o telejornal de Monalisa Perrone atinge médias de cinco pontos na Grande São Paulo. Além da boa audiência do próprio jornal, há um outro fator importante: o "Hora 1" alavanca os telejornais que vêm a seguir: o "Bom Dia São Paulo" e o "Bom Dia Brasil" cresceram quase 20% e têm marcado médias acima de oito pontos quase todos os dias.
Para a Record, iniciar a programação às 5h tornou-se fundamental porque hoje, quando entra no ar, o "Balanço Geral Manhã" herda uma audiência inferior a um ponto. O telejornal leva quase uma hora para conquistar público razoável. Entrando no ar mais cedo, Luiz Bacci fará esse "aquecimento" antes das 6h e tende a dividir mais a audiência, tirando pelo menos alguns décimos do ibope da Globo.
O problema para a Record é que a Igreja Universal não quer ceder uma hora facilmente, sem contrapartidas. E a Record não pode abrir mão do dinheiro que a igreja paga pela madrugada mais cara da TV brasileira. A palavra final caberá a Edir Macedo, dono da Record e líder da Universal.
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