Para se livrar do TUF, a Globo está negociando a renovação do contrato com o UFC, que só vence no final de 2016. A estratégia da emissora é se aproveitar do mau momento do UFC no Brasil (doping de Anderson Silva, envelhecimento dos lutadores, queda de audiência) para baixar os preços, reduzir obrigações e aumentar direitos.
Segundo um executivo envolvido na negociação, a Globo quer fazer com o MMA (sigla em inglês para artes marciais mistas) do UFC o mesmo que fez com o futebol no Brasil. Quer se ver livre da banda podre e ficar apenas com a boa. À emissora, interessam apenas as lutas envolvendo os brasileiros, que podem render audiência, com ou sem delay.
A volta de Anderson Silva ao octógono, na madrugada de 1º de janeiro, rendeu 16 pontos e 67% de participação nos televisores ligados, algo que as novelas das nove só alcançam nos últimos capítulos. Já a final de TUF 4, em 21 de junho, deu só 7,3 pontos e ficou atrás de Silvio Santos.
Em troca das mudanças (sem TUF e sem a
obrigação de transmitir lutas desinteressante) e da redução de preços, a
Globo oferece ao UFC um contrato de longa duração (quatro ou cinco
anos). Esse novo contrato teria a vigência antecipada para o início de
2016, então já não haveria TUF no ano que vem. Uma outra possibilidade
aventada pela emissora é manter o TUF, mas sob seu controle, e não do
UFC, que contrata produtoras para realizá-lo.
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