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sábado, 27 de junho de 2015

TV disfarça, mas comete abuso com merchandisings de remédios

Ainda nesta última semana aqui se falou do merchandising (foto acima do jornalista e apresentador Milton Neves) e o que ele passou a representar na vida de uma boa parcela de comunicadores. Dia desses, trocando ideia com Aléssio Casteli, profundo conhecedor da área, concluímos se tratar de um formato absolutamente indispensável para a TV atual. Só que, fora a TV Globo, todas as demais simplesmente não têm a menor preocupação em inserir essas ações dentro de algum contexto. Apenas trocam cheques.
O merchandising entra no pacote e acaba levando até o mesmo desconto de um comercial de 30 segundos, algo inconcebível, já que existe um envolvimento muito maior de profissionais, da credibilidade do apresentador, retenção da audiência e outros que tais.
E sabe uma coisa que assusta? Ainda existem ações de merchandising de remédios. Pode isso? Remédio para abrir apetite, remédio para emagrecer, remédio para tirar barriga e por aí em diante. Será que isso não representa perigo na vida de ninguém?

Driblando a norma

Acontece que muitos desses produtos são apresentados na TV como alimentos funcionais, fitoterápicos, que apenas auxiliam em suas promessas milagrosas.
E é também uma maneira de evitar a tela azul normativa.

Resumindo a ópera

O que se verifica é que não há mais criativos nas emissoras e são raros nas agências trabalhando com isso.
No mundo inteiro, o merchandising se transformou em uma poderosa ferramenta comercial. Aqui funciona meio que de qualquer jeito.



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