A jornalista abusa da coloquialidade para informar a meteorologia, dizendo que o sol vai “bombar” ou que cairá uma “chuvica”.
Já corrigiu William Bonner no ar sobre o termo correto a ser usado quando o tempo está bom (“firme”, segundo as regras do canal) e foi questionada por ele, nesta semana, se preferia ser chamada pelo apelido: Maju. Disse que sim e soltou um “adorei”. “Se a gente tá desengessando [o "JN"], não tem problema”, diz ela.
Desde 2007 na Rede Globo, a paulistana, também no ar no “SPTV 2ª Edição”, conversou com a coluna:
Sua informalidade é uma orientação da emissora?
Não. Quando comecei a usar mais a internet, postava no Facebook a previsão do tempo com expressões coloquiais. Aí, as pessoas começaram a pedir para eu fazer igual no ar.
Quero falar com o telespectador como se estivesse na sala dele. Tenho carta branca pra fazer isso.
Falo chuvica, digo que o dia tá garoento. Sempre falei Beagá, Floripa. Sei que tem gente que não gosta, mas é questão de estilo. Meu argumento é: existe erro? Se sim, mudo. Mas se não tem, é questão de gosto.
Muita gente acha algo menor apresentar a meteorologia, mas seu trabalho está tendo muita repercussão.
Acho que ajudou a gente estar vivendo um momento em que a previsão tá no foco com a crise hídrica, com ondas de calor. Apesar das pessoas relegarem a uma coisa menor, é algo muito importante. É uma informação básica, você vai sair no dia seguinte e quer saber se leva guarda-chuva, casaco.
Você é uma das poucas jornalistas negras no ar. É importante estar no principal telejornal do país para isso mudar?
É importante que venham outros, só assim podemos falar que caminhamos para uma igualdade. Não pode demorar tanto tempo pra ter outra Glória Maria, outro Heraldo Pereira. Tem que haver outros representantes negros nessa função, até porque é um peso. Você vira a primeira negra a fazer tal coisa.
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