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segunda-feira, 4 de maio de 2015

Estreante de sucesso, autor de "Alto Astral" temia decepcionar o chefe

Autor da bem-sucedida "Alto Astral", Daniel Ortiz (foto), 43 anos, já tinha duas novelas no cúrriculo, uma mexicana e uma árabe, quando entrou na Rede Globo, em 2010. Mesmo assim, teve que trilhar o caminho de todos os novos dramaturgos da emissora: foi colaborador de Silvio de Abreu em duas novelas ("Passione" e "Guerra dos Sexos") antes de ter uma oportunidade como autor solo.
"Alto Astral", que termina na próxima sexta (8), foi uma encomenda de Abreu, a partir de uma sinopse deixada por Andréa Maltarolli, autora de "Beleza Pura" (2008), morta precocemente em 2009. A novela recuperou o ibope da faixa das 19h30min. Na reta final, chegou a ter mais audiência do que a trama das 21h.
Mais do que o risco de fracassar e de ter tramas rejeitadas, como ocorreu com "Babilônia", o que mais apavorava Ortiz era a ideia de decepcionar Abreu, hoje diretor de Dramaturgia diária da Globo, a quem todos os autores e diretores de novelas se submetem. Abreu atuou como mentor e supervisor de Ortiz. Revisou os primeiros 30 capítulos e acompanhou o desenvolvimento da trama até o centésimo episódio. "Meu único medo nessa novela não foi Ibope nem audiência, foi decepcionar o Silvio de Abreu. Eu tive pais maravilhosos, mas o Silvio foi um pai para mim", diz Ortiz.


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