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sexta-feira, 8 de maio de 2015

Autor de "Alto Astral" elogia química entre Nathalia Dill e Sergio Guizé

Em sua estreia como autor de novelas no Brasil, Daniel Ortiz (foto) avalia a parceria com o diretor Jorge Fernando, com o elenco e com a produção os pontos mais positivos de "Alto Astral", história que chega o fim nesta sexta-feira, 8. Mas ele admite: não há como negar que o isolamento e o cansaço pesam após meses de trabalho.
-  Não é fácil você descuidar da vida pessoal por seis, sete meses. Isso exige muito equilíbrio - analisa.
Antes de "Alto Astral", Ortiz foi colaborador de Silvio de Abreu em "Passione" e "Guerra dos Sexos". Também escreveu novelas no México e nos Emirados Árabes. Mas diz que o público brasileiro é diferente:
- Aqui há um envolvimento maior. A novela é conversa na mesa do almoço, no ambiente de trabalho. Em outros países, isso não é tão comum.  Aqui, a produção é assistida por todas as classes sociais. A opinião pública interfere muito mais nos rumos da história. As produções são maiores, mais luxuosas, as histórias contam com mais personagens, são de segunda a sábado, são mais longas. Uma novela no México, por exemplo, dura uma média de 80, 120 capítulos no máximo, salvo algumas exceções.
Embora tenha mantido o suspense em relação à mãe de Laura (Nathalia Dill) até o final - deixando  Kitty (Maitê Proença), Úrsula (Silvia Pfeifer), Adriana (Totia Meirelles) e Tina (Elizabeth Savala) entre as personagens mais prováveis -  o autor já começou a escrever a história sabendo a resposta.
- Por isso, Maria Inês (Christiane Torloni) adotou os dois meninos. Para quem acompanhou a novela, agora vai entender a enorme gratidão e preocupação que ela tinha com a Úrsula. Ela pensava que a melhor amiga tinha cuidado dela durante a gravidez de Laura. Nunca imaginou que Úrsula estava sendo falsa e má. Por isso, Maria Inês chegou a desistir de Marcelo (Edson Celulari) duas vezes, se sentia em dívida com ela.
O fandom Laurique (dos personagens Laura e Caíque) surpreendeu o autor:

- O público realmente gostou do casal. E acho que o sucesso da novela se deu muito porque houve essa grande aceitação. A comédia funcionou e deu suporte, mas foi a química e a aceitação de Laura/Caíque que levou a novela para frente.

Ao fazer um balanço final, Ortiz acredita que conseguiu agradar ao supervisor da novela, Silvio de Abreu.
- Acho que ele ficou orgulhoso. Fez um discurso muito bonito na festa de encerramento.  Tenho uma admiração e gratidão enormes pelo Silvio.
Com o término de "Alto Astral", Ortiz vai tirar férias para "não pensar em nada". Depois, voltará ao trabalho.
-  Tenho algumas ideias soltas para uma próxima novela, mas nada concreto and.


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