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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Raquel Sheherazade acusa diretor de "assédio" e diz que não é "máquina"

Âncora do "SBT Brasil", Rachel Sheherazade diz que está sendo vítima de uma "intenção de assédio moral" por parte do diretor de jornalismo da emissora, Marcelo Parada, o que o SBT nega. Na última quinta (23), após reagir com um suspiro a uma reportagem, Rachel foi repreendida pelo diretor, que teria dito a ela que está proibida de fazer "caretas". A jornalista decidiu enfrentar Parada, exigindo que ele envie a proibição por escrito, e promete levar o caso a Silvio Santos, que a contratou em 2011.
"Sou uma profissional, uma mulher de respeito, que exige respeito em suas conversas e não se submete a qualquer intenção de assédio moral. O [Marcelo] Parada [diretor de jornalismo do SBT] me informou que eu não poderia mais fazer 'caretas'. Corrigi-o. Disse-lhe que não faço caretas no ar, mas uso minhas expressões faciais, assim como meu gestual, para interpretar a informação ou para exprimir minhas emoções. Não sou uma máquina. Sou uma pessoa sensível e transparente. Não escondo o que sou, o que penso nem o que sinto", afirmou Sheherazade com exclusividade ao Notícias da TV, por e-mail.
O SBT desmente a acusação de Rachel Sheherazade. Segundo a emissora, em nenhum momento houve assédio moral, e sim uma orientação para ela não exagere nas expressões faciais.
A jornalista suspirou ao vivo após uma reportagem sobre garotas menores de idade que transam em bailes funk e têm acesso fácil a álcool e drogas. "Fiquei chocada como qualquer mãe de família, como ficou, aposto, a maioria dos telespectadores. Minha reação foi humana e natural", explica.
Assista ao momento em que Rachel Sheherazade suspira no "SBT Brasil".
Sheherazade diz que a relação dela com Marcelo Parada é "cordial, embora haja divergências", e não o vê com frequência na Redação do SBT. Também esclarece que não houve bate-boca com o diretor de jornalismo, mas gostaria que ele se manifestasse por escrito.
"Já que não tenho uma determinação por escrito do diretor de jornalismo sobre essa proibição de usar expressões faciais, estou aguardando um posicionamento de quem está acima", diz Sheherazade, citando indiretamente Silvio Santos, maior admirador da jornalista dentro da emissora.
O clima no jornalismo do SBT está cada vez mais pesado. Parada, que coordenou a campanha de Dilma Rousseff, do PT (Partido dos Trabalhadores), à Presidência, em 2010, estaria insatisfeito com a apresentadora, conhecida por ser contra o PT e governo Dilma.
Sheherazade está há mais de um ano proibida de opinar no SBT. A decisão vale para todos os jornalistas da casa, entretanto atinge diretamente a ela, que antes do veto, em fevereiro de 2014, havia dito no ar que achava "compreensível" um grupo prender um suposto assaltante adolescente nu a um poste. O governo não gostou do comentário dela e ameaçou suspender os patrocínios federais à emissora.
Enquanto não pode comentar no SBT, Sheherazade opina na rádio Jovem Pan e nas redes sociais. A jornalista diz que foi procurada por outras emissoras, mas não pensa em sair da rede de Silvio Santos: "Sempre há algum interesse [de outras emissoras]. Mas, enquanto eu e o SBT estivermos em sintonia, como sempre estivemos, não há motivo de deixar a emissora".

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