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segunda-feira, 23 de março de 2015

SBT ironiza "Babilônia" lançando campanha por novela mais "família"

A TV dá voltas e algumas situações se repetem. O SBT novamente aproveita uma possível rejeição do público mais conservador à nova novela das 21h da Rede Globo, “Babilônia”, e lança uma campanha chamando o telespectador para ver uma novela mais “família”. A novela, no caso, é a reprise da versão brasileira de “Carrossel”, que está enfrentando o folhetim da Globo e roubando audiência do novelão da vez.
No sábado (21), o SBT estreou uma campanha publicitária com o mote “novela para família é aqui”, destacando o que vai acontecer nas novelinhas infantis “Carrossel” e “Chiquititas”. Apostando em folhetins mais leves, a emissora de Silvio Santos pretende roubar público do novo novelão da Globo, recheado de cenas de corrupção, sexo, violência e temas polêmicos como casamento gay e aborto. Estratégia antiga, já utilizada pela pela rede de SS anos atrás. “Babilônia”, que estreou com 33 pontos, caiu para 22 no sábado (21). Cada ponto equivale a 67 mil domicílios na Grande SP.
Já a reprise de “Carrossel” chegou a bater a casa dos 13 pontos de audiência, uma das melhores médias do SBT.
Em 1991, o SBT lançou a novela mexicana “Carrossel” enquanto a Globo estreou “O Dono do Mundo”, de Gilberto Braga. A novela polêmica que trouxe Antônio Fagundes (Felipe) como um grande mau-caráter perdeu audiência para a trama infantil da quase santa professorinha Helena. Na época, a emissora de Silvio Santos lançou campanhas publicitárias para desqualificar “O Dono do Mundo” e potencializar os erros cometidos pela Globo. Em uma das campanhas, a rede fez uma indireta envolvendo as cenas de sexo do folhetim da concorrente, dizendo que a única coisa que a professora Helena “dava” era audiência.
Os personagens da disputa de público da vez são quase os mesmos: “Carrossel” e o novelão de Gilberto Braga. Na época de “O Dono do Mundo”, a Globo fez mudanças nos rumos do folhetim para não perder mais público. Resta saber o que será feito no futuro de “Babilônia”.

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