O SBT
recuperou em julho a vice-liderança isolada no Ibope da Grande São
Paulo. Na média das 24 horas, a rede de Silvio Santos manteve os mesmos
4,8 pontos de junho, enquanto a TV Record caiu de 4,8 para 4,4. Sem a
maratona de jogos da primeira fase da Copa do Mundo, a TV Globo oscilou de
12,1 para 11,4, manteve a liderança isolada e folgada e ainda teve um
desempenho melhor do que em maio (10,8).
Nos bastidores da Record e do mercado,
já se comenta que, caso a Record não recupere a audiência e a
vice-liderança em agosto, a permanência do bispo Marcelo Silva no
comando da programação ficará ameaçada. Já se especula sobre uma
eventual volta de Honorilton Gonçalves, ex-todo-poderoso da Record, e
sobre a promoção de Douglas Tavolaro, vice de jornalismo.
O SBT não era vice-líder isolado em São
Paulo desde fevereiro, quando superou a Record por 4,7 a 4,4. Nos
últimos 12 meses, a Record só não foi vice isolada em fevereiro e julho.
O SBT foi a rede menos prejudicada pela
Copa do Mundo e a Record, a que mais sofreu. A rede de Edir Macedo, que
continua errando com novelas ("Vitória" é um fiasco maior do que "Pecado
Mortal"), também perdeu audiência de manhã (12%), se distanciando ainda
mais do SBT, e à tarde (13%), empatando em 5,0 pontos com a TV de Silvio
Santos.
No horário
nobre, onde se concentram as verbas publicitárias, a Record perdeu 0,5
ponto e empatou com o SBT em 7,4 pela primeira vez nos últimos 12 meses.
Já a Globo registrou uma ligeira alta na faixa das 18h à 0h. Foi de
21,8 pontos em junho para 21,9 em julho.
Em um outro parâmetro de medição, a
faixa das 6h à meia-noite, Record e SBT empataram em julho em 5,4
pontos. O SBT manteve a mesma média de junho, mas a Record caiu 0,6
ponto (10%). A Globo fechou com 13,6, contra 14,4 de junho.
O SBT ameaça a Record até na média das
7h à 0h, parâmetro tradicionalmente usado pelo mercado publicitário.
Fechou julho com 5,5 pontos, 0,2 a menos do que a Record.