Os cortes não devem afetar a quantidade de programas produzidos e exibidos, ou seja, não haverá impacto para telespectadores e anunciantes. Isso será possível porque parte das vagas eliminadas serão substituídas por profissionais terceirizados. A emissora irá transferir a outras empresas a produção de programas (a próxima edição de "A Fazenda", por exemplo, deverá ser executada pela GGP, de Gugu Liberato), o departamento de arte e cenografia (arquitetos, marceneiros, serralheiros, contrarregras) e até a maquiagem.
As demissões só devem ocorrer em janeiro por dois motivos: 1) fluxo de caixa (os gastos com funcionários já são altos em novembro e dezembro, por causa do 13° salário); 2) uma ala da emissora não quer demissões antes do Natal, para não estragar as festas de fim de ano dos colaboradores.
Nos bastidores da Record ainda há a esperança de que as demissões (ou parte delas) sejam revertidas pelo bispo Edir Macedo, dono da emissora. Nem toda a cúpula da emissora é a favor da terceirização, e executivos contrários ao procedimento devem aproveitar a vinda de Macedo ao Brasil, nesta semana, para tentar sensibilizá-lo.
Parte dos cortes, no entanto, será inevitável. A Record, assim como o SBT, trabalha com um cenário de redução nos investimentos publicitários em 2015. Ou seja, vai entrar menos dinheiro de propaganda.
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