Muito mais importante que a simples troca de integrantes, a
ressurreição do "CQC" terá que necessariamente passar pela quase total
reformulação do programa.
É preciso que tanto a Bandeirantes
quanto a Cuatro Cabezas, sua produtora responsável, tenham isto como a
principal das prioridades.
De nada vai adiantar ficar apenas na
substituição de alguns valores, por mais fundamental que isto possa
parecer, se tudo aquilo que havia de bom no princípio, e se desfez ao
longo dos últimos anos, não for resgatado.
O "CQC" perdeu muito
da ousadia e dos detalhes que foram determinantes naquele início, como a
boa edição e finalização das suas matérias. Também houve uma queda
determinante na roteirização, mais um entre vários fatores que acabaram
por ter uma dimensão bem significativa no produto final.
Será quase um processo de reinvenção, para que os mesmos bons resultados do começo voltem a ser alcançados.
Não mexe com isso
Outro grande problema para programas na linha do "CQC" e "Pânico" é a
censura que existe dentro das emissoras, o não pode isso e não pode
aquilo.
Ninguém admite publicamente a existência dela, mas todas as
produções, principalmente aquelas com as características desses dois,
sofrem uma marcação bem de perto. Corpo a corpo.
Alguns ainda devem lembrar de um momento, ao longo desses anos, em que o
"CQC", por determinação da Bandeirantes, deixou de ser exibido ao vivo.
Entrava gravado, depois de passar pelo crivo interno. O "Pânico", antes
da última Copa do Mundo, também foi internamente aconselhado a esquecer
a existência do treinador Felipão.
Terminada a Copa, depois dos 7 a 1 e da humilhante desclassificação, já
com o treinador desempregado e sem vínculo com a CBF, o problema deixou
de existir.
Até uma caça a casa dele foi autorizada, sem impedimento nenhum.
Silvio Santos, por muito pouco, não virou inimigo de infância do
Ratinho, quando ele levou Lula e Fernando Haddad ao programa, algo que o
TRE entendeu como propaganda eleitoral antecipada.
Não pelo
valor que SBT foi obrigado a pagar, insignificante para uma emissora
deste porte, mas pelo inevitável desdobramento político.
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