Tão logo "Império" estreou, houve quem noticiasse que esta seria a
novela com o maior número de personagens gays já feita pela Rede Globo. A
ideia de Aguinaldo Silva era banalizar o assunto, tirar o véu de
discriminação que o encobria, mostrar que as relações entre pessoas do
mesmo sexo não merecem a polêmica que as cerca. Não demorou muito para o
autor bater de frente na muralha de preconceito da própria emissora,
que, depois de ter liberado em "Amor à Vida" e "Em Família", vetou os
três beijos entre Claudio (José Mayer) e Leonardo (Klebber Toledo). A
censura posteriormente se estendeu a cenas de sexo entre casais formados
por homens e mulheres, mas as consequências a longo prazo surgiram
mesmo para os personagens homossexuais, que, não é difícil perceber,
voltaram para o armário.
Por exemplo: o cabeleireiro Xana Summer (Ailton Graça) dirá para Lorraine (Dani Barros) que não é gay, nem travesti, mas, sim, um crossdresser, ou seja, um homem que gosta de se vestir de mulher. “Já me viu com algum bofe, por acaso?”, questionará o personagem numa cena em breve. O diálogo, no entanto, esquece que no começo da novela Xana nutria uma paixonite por Elivaldo (Rafael Losso). Nos próximos capítulos, o cabeleireiro pedirá Naná (Viviane Araújo) em casamento. E está convertido um gay. Pelo menos na ficção.
O caso de Xana não é o único. Leonardo, que tinha um caso com um homem mais velho, tem flertado com Amanda (Adriana Birolli). Tudo indica que um romance entre os dois deve engatar em breve, caso a sobrinha de Maria Marta (Lilia Cabral) não consiga arruinar o casamento do primo, José Pedro (Caio Blat). Já Claudio parece ter preferido voltar para os braços da esposa e combater juridicamente a exposição do seu affair com um jovem moço. Robertão (Rômulo Arantes Neto), que antes parecia ser um michê, agora afirma que só faz strip tease, sem contato físico, e tratou de se envolver com Erika (Letícia Birkheuer).
Único gay ainda assumido na trama, Téo (Paulo Betti) não continuará assim por muito tempo. Em breve, será envenenado. Sua saída da trama coincide com as críticas à maneira caricata como vem sendo interpretado, mas também abre um novo mistério, que transforma Claudio, Cora (Drica Moraes), Robertão, Erika e Maria Marta em suspeitos. Dessa maneira, a novela que tinha mais personagens gays na história da Globo, os varreu para o armário. E o único que provavelmente virá a se assumir, Enrico (Joaquim Lopes), o fará sob luz negativa, tratando o assunto como se fosse vergonha. De fato, um retrocesso dos grandes.
Por exemplo: o cabeleireiro Xana Summer (Ailton Graça) dirá para Lorraine (Dani Barros) que não é gay, nem travesti, mas, sim, um crossdresser, ou seja, um homem que gosta de se vestir de mulher. “Já me viu com algum bofe, por acaso?”, questionará o personagem numa cena em breve. O diálogo, no entanto, esquece que no começo da novela Xana nutria uma paixonite por Elivaldo (Rafael Losso). Nos próximos capítulos, o cabeleireiro pedirá Naná (Viviane Araújo) em casamento. E está convertido um gay. Pelo menos na ficção.
O caso de Xana não é o único. Leonardo, que tinha um caso com um homem mais velho, tem flertado com Amanda (Adriana Birolli). Tudo indica que um romance entre os dois deve engatar em breve, caso a sobrinha de Maria Marta (Lilia Cabral) não consiga arruinar o casamento do primo, José Pedro (Caio Blat). Já Claudio parece ter preferido voltar para os braços da esposa e combater juridicamente a exposição do seu affair com um jovem moço. Robertão (Rômulo Arantes Neto), que antes parecia ser um michê, agora afirma que só faz strip tease, sem contato físico, e tratou de se envolver com Erika (Letícia Birkheuer).
Único gay ainda assumido na trama, Téo (Paulo Betti) não continuará assim por muito tempo. Em breve, será envenenado. Sua saída da trama coincide com as críticas à maneira caricata como vem sendo interpretado, mas também abre um novo mistério, que transforma Claudio, Cora (Drica Moraes), Robertão, Erika e Maria Marta em suspeitos. Dessa maneira, a novela que tinha mais personagens gays na história da Globo, os varreu para o armário. E o único que provavelmente virá a se assumir, Enrico (Joaquim Lopes), o fará sob luz negativa, tratando o assunto como se fosse vergonha. De fato, um retrocesso dos grandes.
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