- Sou muito reconhecida pela voz até hoje. É uma sensação de missão cumprida. Nunca me obriguei a manter meu auge. Fui trilhando um caminho dentro do que eu queria.
Depois de passagens pelo CNT e pela TVE, a jornalista apresenta há seis anos o programa do canal MultiRio “Cidade de Leitores”, em que recebe convidados para falar de literatura e de outras áreas de expressão artística, tudo costurado por temas da atualidade.
- Vou fazer 60 anos. Não é uma idade boa para divulgar. Vem aquele sentimento de "ih, está chegando ao fim, tenho que correr, não terei a mesma vitalidade...". Mas, por outro lado, essa idade me trouxe minha netinha, minha grande paixão - diz ela.
Maria Fernanda, de 1 ano, mora no Sul da Bahia, já que os pais trabalham lá. Leila visita a menina a cada dois meses, senão não aguenta de saudade.
- Passar uma semana com ela é como ir para o céu, a maior satisfação. Meu filho e minha nora me mandam vídeos sem parar. Outro dia, vi 15 vezes um deles. Minha futura coleção é de netos.
Ela afirma ter encontrado o sentido da vida quando se tornou avó.
- Quando se é coroado com uma neta, tudo faz sentido. Todo o resto da vida ficou como degraus de uma grande escadaria que me levou a esse encontro com ela. Isso me impressionou de tal forma...
Mãe de dois homens, um de 36 e outro de 38 anos, Leila fala com tranquilidade sobre envelhecimento e diz nunca ter feito plástica no rosto, mas não dispensa tratamentos estéticos.
- Eu me acho bonita. Gosto de cuidar da pele, de sair com o cabelo arrumado. Sempre fiz muita ginástica para não perder o vigor físico. Sou mais preocupada em manter a lucidez do que a beleza - diz ela.
- Sinto que tenho mais habilidade para lidar com meu corpo, minhas limitações, meu tempo. Minha cabeça está muito melhor. Não tive crise com a idade. Só tenho medo de engordar.
Leia vive uma relação com o cardiologista Saul Douek, em que moram em casas separadas e, nos fins de semana, viajam para o “ninho de amor”, uma casa comprada pelo casal na Serra.
Os apresentadores de telejornal, diz ela, precisam ter uma certa informalidade.
- Não precisa ser sisudo, usar carranca para entrevistar, ser agressivo. Minha voz chamou a atenção porque não era impostada. Era um instrumento de trabalho, não a usei para seduzir. Há diversas formas de fazer isso, com gestos ou um sorriso.
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