- Estou achando boa essa polêmica, todos vão querer ver. Não tem nada de preconceito. Preconceito é achar que mulheres de comunidades não podem ser representadas. Essa ação nunca é feita pela população real, sempre por quem não tem essa vivência. Conheço bem a vida na comunidade, conheço bem a Cidade Alta (onde a trama é ambientada). Isso é coisa de gente desocupada - dispara Falabella, em entrevista à coluna.
O autor continua:
- Tenho minha consciência tranquila. Se quiserem botar outro título, tanto faz. A trama não explora a sensualidade das negras, mas destrincha os mitos. Fiz para dar uma força aos amigos, para vê-los brilhando e empregados num espaço que geralmente não os acolhe. É uma série de amor, mais do que de humor. O carnaval do Rio não é vendido no mundo todo com mulatas quase nuas? Mais inteligência, por favor. Vamos ler Machado de Assis no original. Isso aqui vai virar Paquistão? Vamos todos ter de usar burcas?
- Se não quiserem exibir, não mudará a minha vida. Estou fazendo mais uma temporada de “Pé na Cova”, tenho outras coisas. Mas mudará muito a dos atores, que serão desempregados, e da comunidade, que está tendo a economia movimentada.
A TV Globo afirma que ainda não recebeu ofício questionando o título ou o conteúdo do programa e diz que “Sexo e as Negas” é um programa de ficção que tem como principal objetivo entreter e divertir.
- As manifestações populares são livres, e a Globo respeita a diversidade. O programa, que não estreou ainda, traz uma abordagem leve e bem-humorada do universo feminino - diz o canal, em comunicado.
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