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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Maria Casadevall é um dos acertos da divertida série “Lili, a Ex”

Personagem de uma das tirinhas mais divertidas de Caco Galhardo, Lili é uma mulher moderna, engraçada, desbocada e inteligente. Tem, porém, um problema: é obcecada pelo ex-marido. Bacana, mas maluquinha, capaz de atitudes impensadas e assustadoras, não larga do pé de Reginaldo. “Sou uma ex-mulher presente”, explica.
Ao adaptar a tirinha para a televisão, a única opção seria fazer uma comédia que tivesse o estilo alucinado da protagonista. “Lili, a Ex”, que estreou nesta quarta-feira (24) no canal pago GNT, segue justamente este caminho.
Produção da O2, dirigida por Luis Pinheiro, e que conta com o próprio Caco Galhardo entre os roteiristas, o seriado consegue transmitir muito do jeitão de Lili.
Salta aos olhos, entre outras qualidades, o acerto da escalação de Maria Casadevall (foto) como a protagonista. Atriz de teatro, ela ganhou projeção por um papel cômico em “Amor à Vida”, novela de Walcyr Carrasco exibida pela Rede Globo em 2013, na qual fez par romântico com Caio Castro.
Muito à vontade, a atriz faz uma Lili que parece personagem de tirinha. Foi bem ajudada, no episódio de estreia, por Felipe Rocha, no papel do ex-marido Reginaldo, um tipo nerd e desajeitado.
Também apareceram bem João Vicente de Castro (Porta dos Fundos), como Reinaldo, ex-cunhado de Lili, Daniela Fontan, que vive Cintia, a melhor amiga, Rosi Campos, como Gina, a mãe da protagonista, e Milton Gonçalves, que faz o avô de Cintia e mereceu uma cena impagável.
“Lili, a Ex” lembra um pouco, no estilo, “Aline”, série que a Globo exibiu em 2009 e 2011, interrompendo a segunda temporada no meio do caminho.
É verdade que a personagem da tirinha de Adão Iturrusgarai, dividindo a cama com dois maridos, tem uma vida mais ousada e iconoclasta que Lili. Mas ambos os programas encontraram boas soluções ao realizarem a adaptação de personagens de HQ para a televisão.


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