Assim que a Rede Globo começou a exibir as primeiras chamadas de “Dupla Identidade”, espectadores notaram que havia algo em comum com “The Fall”. Preferi esperar a estreia da série de Gloria Perez para escrever. Exibidos os primeiros dois episódios, é impossível não fazer algumas comparações.
Paul Spector (Jamie Dornan), o serial killer de “The Fall”, é psicólogo e trabalha dando aconselhamento para pessoas que estão de luto. Ele faz fotos de suas vítimas, coleciona objetos delas e mantém registros dos crimes armazenados em uma caixa do sótão de sua casa. Spector usa apenas as mãos para matar por enforcamento e está sempre fazendo exercícios para ficar mais forte.
Há, porém, uma diferença fundamental entre Spector e Edu: o primeiro é casado e tem um casal de filhos enquanto o segundo é solteiro e está começando um relacionamento com uma jovem (Débora Falabella).
Já Stella Gibson (Gilliam Anderson), a experiente policial, é solteira convicta e choca os homens por escolher seus parceiros de forma ativa e decidida. No passado, ela teve um caso com o chefe da polícia, a quem está subordinada. É ela quem se dá conta que há um nexo entre diferentes crimes registrados ao longo de três meses em Belfast.
Há uma pequena diferença entre Stella e Vera. A primeira é uma policial graduada, com formação em antropologia, enquanto a segunda é psiquiatra forense, com especialização nos EUA.
Há ainda um componente político em ambas as séries – um figurão que está envolvido, indiretamente, com as investigações. Em “Dupla Identidade”, trata-se de um senador, vivido por Aderbal Freire Filho.
Agradeço aos leitores Daniel e Cássia, que me chamaram a atenção para tantas semelhanças e me levaram a assistir “The Fall”, que é ótima. Deixei de mencionar algumas outras coincidências para não dar “spoilers” a quem está vendo uma ou a outra série.
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