Uma das grandes apostas da Rede Globo para este ano, "O Rebu" retoma uma
ideia considerada inovadora nos anos 70 e também hoje: uma novela
ambientada num único dia. Se há algumas décadas a trama sofreu para ser
compreendida, a história se repetiu em 2014. Os problemas de
continuidade recorrentes na versão original foram superados, mas a
ousada premissa seguiu confundindo. Exibido o último capítulo, é
possível chegar a uma conclusão: a ideia funciona melhor na tese do que
na prática.
A audiência deixou a desejar. Depois da estreia, com 24 pontos, desabou para a casa dos 13 pontos na maior parte dos dias das semanas seguintes. O último capítulo terminou numa nota triste: 14.7 pontos de média e 17 de pico, segundo dados consolidados do Ibope na Grande São Paulo. Fez desta a novela das 23h de menor audiência desde que o horário voltou a abrigar folhetins.
O grande mistério confirmou a culpa de duas grandes suspeitas: Duda e Ângela (Sophie Charlotte e Patrícia Pillar na foto acima) foram as responsáveis pela morte de Bruno Ferraz (Daniel Oliveira). Enquanto uma o nocauteou e prendeu num freezer, outra diminuiu a temperatura o deixou sem ar. Juntas, ambas o jogaram na piscina. Apesar da revelação previsível, toda a sequência foi mostrada com maestria, em especial o assassinato da milionária, no minuto final. As atrizes deram um show de interpretação e a direção foi acertada.
Não é difícil entender as razões para os baixos índices. A narrativa ultrafragmentada mais recheou a trama com pistas falsas que ajudou a elucidar o mistério. Os muitos personagens presentes na festa ganharam flashbacks que pouco tinham a acrescentar à história, que sofreu com o ritmo ralentado do início. Foi difícil entender porque os policiais só surgiram no terceiro episódio e o corpo de Bruno Ferraz passou toda a madrugada abandonado à beira da piscina. O pesado filtro azul também assustou os espectadores, que reclamaram da falta de cor na maior parte das sequências, distanciando-se do gênero folhetinesco. Mas o principal fator pode ser o equívoco de programação. Se às segundas-feiras "O Rebu" entrava no ar após "Império", pouco depois das 22h, em outros dias era exibida bem depois das 23h. Difícil acompanhar uma novela sem horário certo, especialmente uma que demande tanta atenção. Apesar dos problemas, esta foi, de longe, a mais sofisticada das tramas das 23h.
A audiência deixou a desejar. Depois da estreia, com 24 pontos, desabou para a casa dos 13 pontos na maior parte dos dias das semanas seguintes. O último capítulo terminou numa nota triste: 14.7 pontos de média e 17 de pico, segundo dados consolidados do Ibope na Grande São Paulo. Fez desta a novela das 23h de menor audiência desde que o horário voltou a abrigar folhetins.
O grande mistério confirmou a culpa de duas grandes suspeitas: Duda e Ângela (Sophie Charlotte e Patrícia Pillar na foto acima) foram as responsáveis pela morte de Bruno Ferraz (Daniel Oliveira). Enquanto uma o nocauteou e prendeu num freezer, outra diminuiu a temperatura o deixou sem ar. Juntas, ambas o jogaram na piscina. Apesar da revelação previsível, toda a sequência foi mostrada com maestria, em especial o assassinato da milionária, no minuto final. As atrizes deram um show de interpretação e a direção foi acertada.
Não é difícil entender as razões para os baixos índices. A narrativa ultrafragmentada mais recheou a trama com pistas falsas que ajudou a elucidar o mistério. Os muitos personagens presentes na festa ganharam flashbacks que pouco tinham a acrescentar à história, que sofreu com o ritmo ralentado do início. Foi difícil entender porque os policiais só surgiram no terceiro episódio e o corpo de Bruno Ferraz passou toda a madrugada abandonado à beira da piscina. O pesado filtro azul também assustou os espectadores, que reclamaram da falta de cor na maior parte das sequências, distanciando-se do gênero folhetinesco. Mas o principal fator pode ser o equívoco de programação. Se às segundas-feiras "O Rebu" entrava no ar após "Império", pouco depois das 22h, em outros dias era exibida bem depois das 23h. Difícil acompanhar uma novela sem horário certo, especialmente uma que demande tanta atenção. Apesar dos problemas, esta foi, de longe, a mais sofisticada das tramas das 23h.
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