Em entrevista, Luciano Huck rejeita rótulo de assistencialista e diz que não repetiria a Tiazinha hoje
Ao longo dos anos, não faltou quem acusasse Luciano Huck (foto) de fazer
assistencialismo em alguns quadros do "Caldeirão do Huck", com distribuição de
casa, móveis ou artifícios do gênero. Entrevistado por Mário Sérgio
Conti para o "Diálogos", da Globo News, na última quinta-feira (14), o
apresentador foi diretamente questionado sobre o assunto e refutou a
afirmação de que explora a miséria alheia em troca de audiência: "Acho
tão fácil de argumentar. Eu não faço isso. Pelo menos estou fazendo
alguma coisa. Estou empoderando, dando protagonismo, ouvindo história do
Brasil inteiro. Reformar a casa, dar um carro, um negócio, é tudo uma
desculpa para contar a história de alguém. Quero aproveitar para passar
uma mensagem positiva, para mostrar caminhos, para que alguém,
independente do credo, cor, raça, grana, tenha uma história pra contar.
Tenho certeza da televisão que faço. O que acho que gosto de fazer é
ficar andando nessa linha tênue entre caos e inspiração." O apresentador, que revelou ser de "centro-esquerda" e garantiu não
ter pretensões políticas, relembrou o passado. Quando questionado se
arrepende da fase em que mostrava mulheres seminuas no palco como a
Tiazinha e a Feiticeira, o apresentador diz que não, mas não repetiria
hoje a experiência: "Naquele contexto foi super adequado. Eu tinha
25 anos, um descompromisso com tudo. Foram três anos divertidíssimos.
Mas fazer isso hoje, não teria o menor sentido. Casado, com três filhos e
quarenta anos na cara, fazer programa de molecada não dá". Apontado como possível sucessor de Faustão aos domingos, Luciano falou sobre o colega de emissora. "Tenho
o maior respeito pelo Fausto Silva, muito mesmo. Só quem faz televisão
sabe o trabalho que dá e o tanto que tem de se reinventar pra ficar 25
anos no ar com o mesmo programa", afirmou, sem, no entanto, dizer se tem a pretensão de substitui-lo um dia.
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