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quinta-feira, 17 de julho de 2014

SBT manterá veto a comentários de Rachel Sheherazade até as eleições

Rachel Sheherazade (foto) vai demorar mais três meses, no mínimo, para voltar a emitir opiniões no SBT. Nos bastidores da emissora, já é dado como certo que a jornalista terá novamente espaço para comentar no "SBT Brasil" somente a partir de outubro, após as eleições. A própria Rachel admite ao Notícias da TV que não terá tão cedo de volta a liberdade editorial prometida em maio, quando renovou contrato com a rede de Silvio Santos.
Com a decisão, o SBT evita pressão de políticos e principalmente do governo federal, que investe cerca de R$ 150 milhões em publicidade por ano na emissora. Em abril, após reclamações de Brasília, a rede decidiu proibir seus jornalistas de emitirem opiniões nos telejornais.
A volta das opiniões, além de um aumento substancial de salário, foi o que motivou Sheherazade a preterir o assédio da TV Bandeirantes e renovar com o SBT por mais quatro anos, em maio. Segundo um alto executivo da emissora, os comentários no "SBT Brasil" retornariam durante a Copa do Mundo. Ela poderia falar sobre política, mas de forma genérica, sem se referir a candidatos.
Durante o Mundial, Rachel Sheherazade não teve de volta seu espaço de opinião, mas emitiu pequenos comentários após as reportagens, os chamados "cacos". Depois da derrota do Brasil para a Alemanha por 7 a 1, no dia 8, fuzilou sucintamente: "O circo terminou".
Rachel Sheherazade revela que gostaria de opinar nas eleições, porém aguarda a decisão do SBT: "Gostaria de comentar sobre política e o processo eleitoral deste ano. Por enquanto, só me resta esperar que as janelas de opinião voltem ao telejornal, mas quem tem a palavra final, acredito, é o próprio Silvio Santos".
O SBT informa que Rachel Sheherazade voltará a opinar, porém a data ainda não foi definida.
Em fevereiro, Sheherazade virou notícia após justificar no "SBT Brasil" a atitude de um grupo que acorrentou um suposto assaltante no Rio de Janeiro. "Adote um bandido". A opinião chocou entidades defensoras dos direitos humanos e partidos políticos, que acusaram a jornalista de fazer apologia à violência e exigiram a saída dela do telejornal. Dois dias depois, ela explicou no ar que condena a violência e a "justiça com as próprias mãos".

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