A partir do dia 16 de junho, finalmente os fãs de Marina e Clara (Tainá Müller e Giovanna
Antonelli na foto acima) verão as duas juntas. Haverá uma
passagem de três meses na trama e as então amigas serão retratadas
efetivamente como namoradas. Tudo certo, não fosse por um detalhe: o
casal não poderá se beijar como fazem Laerte (Gabriel Braga Nunes) e
Luiza (Bruna Marquezine) ou Ricardo (Herson Capri) e Chica (Natália do
Valle). Nos roteiros, Manoel Carlos pede que não haja carícia, mas, sim,
olhares apaixonados. O subterfúgio não é novo e já foi usado em novelas
como "Ti Ti Ti" e "Insensato Coração", mas está longe de ser justo para
com os espectadores e aponta uma grande incoerência na dramaturgia da Rede
Globo.
O motivo é simples: depois de muita cobrança, o tal tabu do beijo entre pessoas do mesmo sexo foi quebrado em "Amor à Vida" por Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso). Na época, um dos executivos da emissora chegou a afirmar que ela estava em movimento, acompanhando as mudanças da sociedade. Pelo visto, agora, esse discurso se contradiz e abre espaço para o retrocesso. Está mais do que provado que a audiência não se choca com um carinho entre casais. Não houve passeata ou piquete contra a exibição da carícia entre Félix e Niko. Pelo contrário, a cena foi amplamente elogiada e repercutida. Por que, afinal, negar a Clara e Marina um direito antes concedido a outros personagens? Um beijo das duas está longe de ser uma imoralidade, especialmente quando há cenas bem mais picantes e com pouca roupa envolvendo os protagonistas - Laerte e Luiza, aliás, também sofrem forte rejeição do público.
Está certo que as duas garotas não possuem a larga aceitação do vilão de Walcyr Carrasco, uma vez que sua relação nasceu enquanto uma delas era casada com um homem doente. Há, sim, grande torcida nas redes sociais, claro, mas o clima não é tão intenso quando na novela anterior. Ocorre que, ao negar às mulheres o beijo, a Globo presta um desserviço e renega as conquistas do começo do ano. Põe de volta no armário uma questão que já estava praticamente superada.
Acho realmente que não precisa colocar beijo entre as personagens.
O motivo é simples: depois de muita cobrança, o tal tabu do beijo entre pessoas do mesmo sexo foi quebrado em "Amor à Vida" por Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso). Na época, um dos executivos da emissora chegou a afirmar que ela estava em movimento, acompanhando as mudanças da sociedade. Pelo visto, agora, esse discurso se contradiz e abre espaço para o retrocesso. Está mais do que provado que a audiência não se choca com um carinho entre casais. Não houve passeata ou piquete contra a exibição da carícia entre Félix e Niko. Pelo contrário, a cena foi amplamente elogiada e repercutida. Por que, afinal, negar a Clara e Marina um direito antes concedido a outros personagens? Um beijo das duas está longe de ser uma imoralidade, especialmente quando há cenas bem mais picantes e com pouca roupa envolvendo os protagonistas - Laerte e Luiza, aliás, também sofrem forte rejeição do público.
Está certo que as duas garotas não possuem a larga aceitação do vilão de Walcyr Carrasco, uma vez que sua relação nasceu enquanto uma delas era casada com um homem doente. Há, sim, grande torcida nas redes sociais, claro, mas o clima não é tão intenso quando na novela anterior. Ocorre que, ao negar às mulheres o beijo, a Globo presta um desserviço e renega as conquistas do começo do ano. Põe de volta no armário uma questão que já estava praticamente superada.
Acho realmente que não precisa colocar beijo entre as personagens.
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