Tão logo estreou na Rede Globo com "O Dentista Mascarado", Marcelo Adnet (foto),
antes considerado gênio na MTV, passou a ser visto com desconfiança por
parte da crítica. A julgar pela estreia de "Tá no Ar: a TV na TV", o
humorista tem tudo para voltar às boas. Passou a má fase. Sem esconder a
pretensão de ser uma versão da "TV Pirata" no século 21, a atração é
uma lufada de espontaneidade na programação enrijecida da emissora. E,
sim, a comparação é justificada e merecida: o semanal tem potencial para
criar figuras marcantes e quadros icônicos como na produção dos idos de
1988.
Prova disso é que o programa resolveu ignorar todas as regras pré-estabelecidas do jogo. Não pode falar de concorrentes? Marcelo surgiu vestido de Silvio Santos. Marcelo Rezende (ou foi paródia do Datena, já que o nome do programa policial era "Jardim Urgente") também ganhou paródia. As redes SBT, Bandeirantes e Rede TV! foram citadas nominalmente. Não pode ironizar anúncios publicitários? Pois a propaganda de carne de Roberto Carlos foi alvo de brincadeira com direito a voz de Tony Ramos em off. Não pode dar ouvidos às constantes acusações de que a Globo manipula ou mente? Um personagem ativista foi criado para cumprir exatamente essa função de criticar o canal. Em resumo, Adnet, Marcius Melhem e companhia parecem ter ganhado liberdade irrestrita na criação do humorístico. E quem ganhou com isso foi o espectador.
Fenômenos da TV a cabo também foram parodiados, caso de "Sex and the City", numa interpretação afiada de Renata Gaspar; da série "House", com um doutor que avalia todo paciente como vítima de virose; e da "Galinha Pintadinha", que virou uma hilária animação com referências ao candomblé.
"Tá no Ar: a TV na TV" é muito bom. De longe a melhor das novidades na grade da Globo deste ano até agora. Mas, mais do que isso, é a prova de que o talento de Marcelo Adnet foi injustamente desmerecido. Esteve sempre lá, apenas à espera de um projeto que lhe fizesse jus. Obviamente, o resultado positivo deve-se também a seus bons parceiros - além de Melhem e Renata, estão lá os ótimos Luana Marthau, Carol Portes, Verônica Debom, Danton Mello, Welder Rodrigues e Márcio Vito. Talvez seja a hora de a crítica reconhecer que os bons tempos de Adnet voltaram.
A audiência não respondeu com índices astronômicos, mas garantiu liderança. O humorístico registrou média de 9,6 pontos, dois a mais que a segunda colocada, SBT.
O programa foi exibido quase a meia noite. Merecia ter ido ao ar mais cedo.
Prova disso é que o programa resolveu ignorar todas as regras pré-estabelecidas do jogo. Não pode falar de concorrentes? Marcelo surgiu vestido de Silvio Santos. Marcelo Rezende (ou foi paródia do Datena, já que o nome do programa policial era "Jardim Urgente") também ganhou paródia. As redes SBT, Bandeirantes e Rede TV! foram citadas nominalmente. Não pode ironizar anúncios publicitários? Pois a propaganda de carne de Roberto Carlos foi alvo de brincadeira com direito a voz de Tony Ramos em off. Não pode dar ouvidos às constantes acusações de que a Globo manipula ou mente? Um personagem ativista foi criado para cumprir exatamente essa função de criticar o canal. Em resumo, Adnet, Marcius Melhem e companhia parecem ter ganhado liberdade irrestrita na criação do humorístico. E quem ganhou com isso foi o espectador.
Fenômenos da TV a cabo também foram parodiados, caso de "Sex and the City", numa interpretação afiada de Renata Gaspar; da série "House", com um doutor que avalia todo paciente como vítima de virose; e da "Galinha Pintadinha", que virou uma hilária animação com referências ao candomblé.
"Tá no Ar: a TV na TV" é muito bom. De longe a melhor das novidades na grade da Globo deste ano até agora. Mas, mais do que isso, é a prova de que o talento de Marcelo Adnet foi injustamente desmerecido. Esteve sempre lá, apenas à espera de um projeto que lhe fizesse jus. Obviamente, o resultado positivo deve-se também a seus bons parceiros - além de Melhem e Renata, estão lá os ótimos Luana Marthau, Carol Portes, Verônica Debom, Danton Mello, Welder Rodrigues e Márcio Vito. Talvez seja a hora de a crítica reconhecer que os bons tempos de Adnet voltaram.
A audiência não respondeu com índices astronômicos, mas garantiu liderança. O humorístico registrou média de 9,6 pontos, dois a mais que a segunda colocada, SBT.
O programa foi exibido quase a meia noite. Merecia ter ido ao ar mais cedo.
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