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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Investigação sobre vazamento do "Fantástico" instaura terror na Rede Globo

É muito tenso o clima no Jornalismo da Rede Globo. As investigações para apurar responsabilidades sobre o vazamento do piloto do novo "Fantástico" (foto acima do piloto), que estreia dia 27, instauraram um clima de terror na emissora nesta semana. O medo começou no "Fantástico" e se espalhou por outras redações do Rio de Janeiro e até para afiliadas.
No Rio de Janeiro, um chefe avisou seus subordinados que cabeças vão rolar. Até profissionais que não têm nada a ver com a história temem ser demitidos. Suas senhas podem ser encontradas nas investigações. Como numa investigação de "quem matou?" de uma novela, jornalistas e profissionais de tecnologia da informação têm sido chamados para "depor". Outros se sentem ameaçados apenas pelo clima de "caça às bruxas". A investigação já foi apelidada de "CPI do vazamento do Fantástico".
Na última sexta-feira, um vídeo de 45 minutos do novo "Fantástico" foi transmitido na internet por um grupo de jovens adoradores de televisão. Os "black blocks da TV" usaram um canal da plataforma Justin.TV, o AbsurdaTV, para uma transmissão em streaming, vista por cerca de 200 pessoas. Um segredo guardado a sete chaves há quase dois anos caiu na rede três semanas antes de ser revelado ao público.
O vazamento deixou furiosos executivos da Globo. Como um piloto de um novo programa vaza de uma das maiores emissoras do mundo? Quem vazou? Quais os pontos vulneráveis da emissora? Exigem punições exemplares, para que isso não volte a acontecer.
Segundo um dos integrantes do grupo que fez a transmissão na internet, o vídeo foi obtido de uma fonte que teve acesso a um ambiente de intranet da Globo para troca de vídeos entre programas e afiliadas. Na investigação, a Globo quer saber por que o piloto do "Fantástico" foi parar nessa espécie de intranet e quais senhas acessaram o material.
O piloto revela um "Fantástico" em novo formato. O programa passará a ser apresentado de uma redação-estúdio, que terá sofás, telões e um palco, onde poderão ser feitas projeções holográficas e gráficas e realizados pequenos shows e entrevistas com um "auditório" formado pelos jornalistas do programa. O piloto também mostra os jornalistas do programa discutindo as reportagens em produção.
Em nota no sábado (4), a Globo afirmou ter sido vítima de um "crime" de "furto de conteúdo protegido".


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