Esse é o clima nada simpático -- muito menos familiar -- que vem ocorrendo nos bastidores da novela "Em Família", de Manoel Carlos --desde já uma das produções mais problemáticas já feitas pela Rede Globo.
O grande vilão da história dentro e fora da tela atende pelo nome de Gabriel Braga Nunes (foto). Seu papel é de um professor de música rabugento (Laerte), e ele parece ter se inspirado no intransigente mestre Beethoven (1770-1827). Só que Beethoven era ranheta, mas extremamente talentoso e solitário. Não trabalhava com outras pessoas.
Já Braga Nunes é conhecido mais por ser temperamental e insociável. É ele quem dá mais trabalho ao diretor Jayme Monjardim nas gravações.
Nunes, que estava na TV Record e voltou à Globo em 2010, não se dá bem com Helena Ranaldi (Verônica, musicista, ex-aluna de Laerte). Também não gosta de Humberto Martins (Virgílio) e já fez até uma colega chorar (Ana Beatriz Nogueira, no papel de Selma). Na Record, ele também não era uma persona grata pelos colegas, com quem também arrumava problemas.
Agora, o comentário no Projac é que, se continuar a causar problemas, a emissora terá de resolver a questão de uma forma simples: "matando" o personagem Laerte. Ou então reduzir sua importância e fazê-lo minguar no enredo. Sobraria nesse caso para o pobre Manoel Carlos reescrever parte de sua história, que já teve vários capítulos e fases cortados.
Já Bruna Marquezine, aparentemente, está se achando a nova "namoradinha do Brasil". Pouco experiente, mas geniosa, a bela ex de Neymar não chega a ser agressiva com colegas, mas tem causado incômodos em gravações. Ela é quem mais reclama da iluminação e dos figurinos.
Esta semana, por exemplo, se recusou a tirar uma canga durante gravações na praia, no Rio. Sua preocupação com luz e vestimenta escassa em cena tem motivo: ela não quer que suas estrias na região das pernas e das nádegas sejam exibidas nacionalmente.
Na última terça (18), Bruna só voltou atrás e tirou a canga quando o diretor ameaçou interromper as gravações e fazer uma queixa formal à direção da emissora. Houve bate boca, mas, temendo consequências com o prejuízo que causaria uma interrupção nas externas, ela aquiesceu.
Helena Ranaldi e a própria Julia Lemmertz, duas das melhores atrizes brasileiras, também têm sido alvos constantes de queixumes por parte de Braga Nunes. Ambas já confidenciaram a amigos que estão fartas das atitudes dele.
Um clima tão pesado é incomum na Globo, ainda mais porque o autor da novela, Maneco, é uma das pessoas mais amáveis e queridas do Projac; e também sobra uma parte desse calvário para o talentoso Monjardim cuidar, como se não bastassem já as dificuldades que é fazer uma novela em horário nobre.
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