Em despacho publicado no Diário Oficial da União de hoje (27), o Ministério da Justiça prorrogou por mais 15 dias o monitoramento da novela, para "colher subsídios para a decisão acerca do deferimento ou indeferimento da autoclassificação".
"Além do Horizonte" foi autoclassificada pela Globo como imprópria para menores de 10 anos, ou seja, pode ser veiculada em qualquer horário. O Ministério da Justiça, no entanto, tem até 60 dias para confirmar ou negar a autoclassificação. No caso da novela das sete, que estreou em 4 de novembro, esse prazo esgotou em 4 de janeiro.
Em dezembro, o Ministério da Justiça advertiu a Globo de que a novela estava apresentando conteúdo incompatível com a classificação de 10 anos, principalmente "assassinatos e conteúdo sexual". Em 20 de dezembro, a Globo esclareceu ao ministério que "as tendências [de cenas fora da classificação de 10 anos] seriam pontuais e que os conteúdos a serem exibidos, a partir de então, estariam adequados à autoclassificação da novela".
Ocorre que a Globo manteve a exibição de cenas consideradas fortes. No capítulo de 30 de dezembro, Kleber (o vilão de Marcello Novaes na foto acima) capturou uma fugitiva da "comunidade" da novela numa mata e a "aterrorizou", nos termos do site da própria novela. No dia 4 de janeiro, um corpo apareceu boiando em um rio. Cenas em que personagens são dopados foram ao ar na semana passada.
Por causa disso, o ministério deu mais 15 dias de monitoramento antes de tomar uma decisão. É um recado para a Globo: se a emissora não eliminar cenas violentas ou sexuais nas próximas duas semanas, poderá ter sérios problemas com "Além do Horizonte".
Na novela não pode, mas em programas como "Cidade Alerta" (Record) e "Brasil Urgente" (Bandeirantes) pode? É o Ministério da Censura mostrando sua voz mais uma vez.
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