Convenhamos, é muita coisa para esses tempos em que a gente pode ter mais de 100 canais em casa, internet e as Netflix da vida, sem falar nos Candy Crushs e games na tela do celular, né não?
Ao ser desmascarado diante de toda a família, Félix nos mostrou um ator irrepreensível e despertou em Paolla Oliveira a melhor performance de sua vida até aqui, sob uma precisa direção de Mauro Mendonça Filho.
Pena que o texto se deu ao trabalho de mastigar tudo para o telespectador, sem lhe dar a mínima chance de pensar. O tom de jogral, com César (Antonio Fagundes) e Bruno (Malvino Salvador) se alternando nas falas acusatórias, conspirou a favor da mexicanização da narrativa.
Era dispensável que César (Antonio Fagundes) explicasse que a secretária “cadela” o ajudou a colher suas impressões digitais. Por que não permitir que o público imaginasse algum caminho, nada inacessível, para tanto? Por que até não deixar isso para outra ocasião? Para um barraco daquelas proporções, soaram fake as explicações nos mínimos detalhes e a chance que todos tiveram de se expressar, sem serem interrompidos.
Faltou um pouco daquele clima que a sala da mansão do Tufão (Murilo Benício) nos entregava, em Avenida Brasil, com todos falando ao mesmo tempo, sem que o espectador deixasse de compreender o que deveria se compreendido.
Daí a certeza de que Solano salvou a sequência e proporcionou os merecidos aplausos ao capítulo. Ave, Félix!
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