As duas portarias assinadas por Guido Mantega são um festival de intervenção estatal. A primeira, de julho, afirma que os quadros vinculados a marcas terão que ser autorizados pela Caixa Econômica Federal. Por exemplo, a promoção "Avião do Faustão".
A segunda portaria dita regras para os programas. Eis algumas:
* Empresas têm que comprovar a “sustentabilidade” dos produtos que estão envolvidos na premiação. Ou seja, a projeção de vendas do produto, os custos de produção e quaisquer “outros documentos que o órgão autorizador julgar necessários”.
* Se o telespectador precisar enviar correspondência para ganhar o prêmio, a carta só pode medir entre 9 e 14 cm de largura e 14 e 23 cm de comprimento; e o envelope só pode ter cor parda ou branca.
* Se as emissoras não cumprirem o determinado na portaria, podem ficar proibidas de dar prêmios por até dois anos e terão que pagar multa de até 100% dos valores dos bens prometidos como prêmio.
O que tem a ver largura e comprimento de carta com o programa? Sinto muito, mas isso é mais uma prova da volta da censura ao país.
Será que o Guido Mantega não tem nada mais importante pra fazer? O Ministério da Fazenda deveria se preocupar com dinheiros desviados do nosso bolso para o bolso dos políticos ladrões que existem em nosso país. Querer censurar programa de TV com regras ridícilas como essas é mudar o foco para o roubo existente em vários setores da nossa política.
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