Esse será o segundo personagem homossexual na carreira de Magrini. “Em 2000, eu fiz um gay no espetáculo ‘Socorro! Mamãe Foi Embora’. E eu me lembro que todo mundo dizia que eu parecia gay, de verdade. Acho que engano bem como gay (risos)”, brinca ele, que, para o novo papel, pegou dicas com os amigos. “Tenho muitos amigos gays. E como sou observador, eu fiquei reparando neles”, explica Oscar, casado há 23 anos com Matilde Mastrangi.
Uma das coisas que Oscar levou para o personagem foi o jeito de olhar o relógio, arrumar o cabelo e impor a voz. “Mas não estou fazendo nada afetado. É sútil, bem natural”, explica ele, que revela achar mais fácil ser homem do que mulher. “Ser mulher é um saco. A gente compra duas ou três roupas de festa e a mulher não pode repetir nada”, diz. E emenda: “A mulher, além de cuidar da casa, dos filhos e do trabalho, ainda tem uma cobrança de estar impecável. Por vezes, inclusive, seguindo essa difícil ditadura de padrão de beleza”.
O global, por sua vez, reforça que seu discurso não é machista: “Só estou dizendo que é mais prático ser homem, de verdade”. Sobre ser mulher por um dia, ele é enfático: “Não gostaria, não (risos). Estou feliz assim, como homem”, conta. Já sobre a peça, ele reforça: “As mulheres não precisam pensar que não terão espaço nas histórias. Dá para todo o público se identificar com os casos que vamos contar”.
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