No entanto, é preciso considerar que a CBF, embora apresentada como dona do brinquedo, tem até a página três condições de, nesta altura dos acontecimentos, organizar alguma coisa mais humana e justa valendo a partir de 2014.
Ninguém pode esquecer a presença de um componente chamado televisão, que é quem de verdade paga essa conta. Todo e qualquer acordo deve passar necessariamente por ela, que contratou e repassou aos seus patrocinadores um determinado número de datas para o próximo ano.
Houve um pagamento e há o comprometimento para a entrega. O valor do dinheiro em jogo é muito alto, e quebrar uma condição já estabelecida pode implicar sérios prejuízos. É impossível acreditar que a TV Globo não tenha, de alguma maneira, abençoado ou participado da decisão da CBF em receber os jogadores. O Marin, que a gente conhece, sem ter este ponto de apoio, dificilmente tomaria tal decisão sozinho. Tem também o lado da TV fechada que deve ser considerado. Havendo a redução de datas, como se pretende principalmente em relação aos estaduais, muito mais que a redes Globo ou Bandeirantes, será ela a maior prejudicada. É, no mínimo, curiosa a situação dos clubes em todo o processo. Eles praticamente se eximiram de qualquer discussão. Preferiram, como sempre, sentar na numerada e não se comprometer com coisa nenhuma, nem mesmo de montar e conservar plantéis que possam tornar as competições mais interessantes.
Não se pode esquecer que os clubes, ou a maioria deles, já pegaram adiantado da televisão aquilo que têm direito pelas transmissões. Como vão fazer agora? Devolver o dinheiro?
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