Aos 30 anos, o autor conta que se surpreendeu com descobertas que fez durante a pesquisa para o livro, sobretudo em relação à vida pregressa aos Originais do Samba, grupo do qual ele fazia parte quando foi chamado para atuar no humorístico. “Ele era um músico muito respeitado. Tocou com Elis Regina, Jorge Ben. As pessoas normalmente não sabem dessa fase da vida dele”, conta Barreto, que realizou mais de 100 entrevistas para fazer o livro, em fase de redação.
Além de pessoas da família, personagens que fizeram parte da história de Mussum, como Alcione e Zeca Pagodinho dão seus depoimentos. “Zeca contou que Mussum foi um dos primeiros a gravar músicas de sua composição”, afirma.
Os capítulos dedicados ao humorístico “Os Trapalhões” revelarão histórias de bastidores. Dedé Santana, por exemplo, conta como ele indicou Mussum para entrar na trupe. “Ele era conhecido pelo bom humor, nos shows dos Originais costumava contar piadas”, revela o jornalista, que diz que ele penou para virar “ator”. “Foi uma fase de transição complicada.” Renato Aragão também falou ao autor.
Juliano Barreto diz que a ideia de fazer o livro sobre o Mussum surgiu quando percebeu o quanto o humorista permanecia no imaginário popular, mesmo depois de quase 20 anos de sua morte – ele morreu em 1994. “As novas gerações o redescobriram pela internet”, encerra.
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