Assinante dá nota oito para a TV paga brasileira, diz pesquisa

O assinante de TV paga brasileiro dá nota oito para o serviço que recebe em casa, mas quer mais.
É o que revela uma pesquisa divulgada ontem pela ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura).
A pesquisa ouviu 3.421 assinantes em todo o país no segundo semestre de 2012.
Os assinantes, na média geral, deram nota 8,01 para a TV por assinatura.
O índice de satisfação, no entanto, é ligeiramente menor: 7,89 na média nacional. Na região Norte, a satisfação é um pouco maior (8,08) e na Sudeste (7,85) e Nordeste (7,84), um pouco menor.
Segundo a ABTA, o fato de a nota do assinante estar acima do índice de satisfação indica que o usuário, de modo geral, avalia bem o serviço, mas pode estar insatisfeito com algum aspecto.
Para chegar ao índice de satisfação, foram considerados "atributos de valor" de 38 itens, entre eles a qualidade do sinal, o melhor preço entre a concorrência, a oferta de alta definição e até simpatia e a competência dos funcionários das centrais de atendimento.
A expectativa do assinante, contudo, é a de um serviço ainda melhor.
Segundo Oscar Simões de Oliveria, presidente da ABTA, o assinante espera pagar por um serviço nota 9.

Crescimento menor

A ABTA realiza na semana que vem, em São Paulo, sua feira e congresso anuais, com as presenças dos ministros das Comunicações (Paulo Bernardo) e da Cultura (Marta Suplicy) na abertura.
O evento ocorrerá em um cenário de crescimento desse mercado, mas em ritmo inferior ao dos últimos anos.
A previsão da ABTA é fechar 2013 com cerca de 18,5 milhões de assinantes, o que significaria uma alta de 14% sobre 2012. O percentual é menos da metade do crescimento verificado em 2010 e 2011, mas é considerado muito bom, por estar bastante acima do PIB.
O faturamento total do setor, incluindo as receitas com telefonia e banda larga, deve ficar entre R$ 26 bilhões e R$ 28 bilhões. Assim como em 2012, a TV paga irá faturar mais do que a TV aberta (R$ 21 bilhões).