"Salve Jorge", encerrada sexta, é o exemplo acabado disso.
O mesmo Twitter que se empolgou com "Avenida Brasil" - cantando "oi, oi, oi" na abertura e ovacionando cada cena - esculhambou "Salve Jorge", repeliu cada truque mal resolvido de Gloria Perez (autora) e Marcos Schechtman (diretor-geral).
Sexta, durante a exibição da novela, uma das hashtags mais postadas no mundo todo era #VazaJorge.
"Salve Jorge" foi a quarta novela de Gloria Perez a misturar Rio de Janeiro com alguma cultura estrangeira. "América", de 2005, foi mais tosca e teve uma mocinha (Sol, mal representada por Deborah Secco) muito mais absurda do que Morena (bem defendida por Nanda Costa), porém não foi tão criticada quanto "Salve Jorge".
Aliás, nunca antes uma novela foi tão criticada como a última produção da Rede Globo.
O telespectador sempre teve senso crítico, embora veja muita coisa ruim porque não tem nada melhor ou porque se diverte com tosquices ou porque não quer ficar boiando nas conversas do dia a dia.
Mas agora, com as redes sociais, ele fala, grita, xinga. Faz tanto barulho que sufoca aspectos positivos, corajosos, como a denúncia do tráfico de mulheres e a aposta em uma "favelada" prostituída como protagonista.
Mais do que nunca, a novela é uma "obra aberta".
Mesmo criticada, a novela conseguiu fácil uolltrapassar a barreira dos 30 pontos, fechando com média quase próxima dos 40 pontos. Quanta emissora sonha com essa média e não marca nem 1/4 disso.
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