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terça-feira, 21 de maio de 2013

"Amor à Vida" plagia cena do filme "O Expresso da Meia-Noite"

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A sequência mais tensa do primeiro capítulo de "Amor à Vida" foi tirada de um filme de 1978, "O Expresso da Meia-Noite" (Midnight Express), dirigido por Alan Parker.
Na nova novela das nove da Rede Globo, o personagem Ninho (Juliano Cazarré) é preso em um aeroporto da Bolívia carregando cocaína presa no abdome.
Na sequência, ele demonstra nervosismo logo ao chegar ao aeroporto, lotado de soldados com cães. A tensão aumenta quando vai ao banheiro e revela ao telespectador que está carregando drogas. Novo susto ao passar pelo detector de metais. Finalmente, é preso ao ser revistado por um soldado na pista do aeroporto, prestes a embarcar no avião.
No filme, a tensão começa no banheiro de um aeroporto de Istambul, na Turquia. O personagem Billy Hayes (Brad Davis) checa se a droga está bem presa ao abdome e, tenso, molha o rosto.
Ele segue para o embarque. No lugar do detector de metais da novela, há uma revista de sua bolsa por um policial. Ao invés de um cinto, um frisbee chama a atenção da autoridade.
Como na novela, Billy está acompanhado de uma mulher, com quem troca beijos no ônibus, já na pista do aeroporto. Ao ver a polícia se aproximar, quando chega ao avião, manda a mulher se afastar dele. É preso ao ser revistado por um policial.
Outra semelhança importante entre a novela e o filme: o som de um coração batendo.
Poderia ser uma homenagem? Sim. Mas não houve nenhuma citação a "O Expresso da Meia-Noite". Nem em fala ou em algum cartaz.
Outra "coincidência" de "Amor à Vida" está na abertura, com desenhos de um casal dançando em paisagens paulistanas. A abertura lembra a obra "Thought of You", de Ryan Woodward, animador famoso por trabalhos em filmes como "Os Vingadores" e "Homem de Ferro 2".
A diferença é que o original tem uma trilha bacana, que combina com a animação. Nesse caso, no entanto, trata-se no máximo de um autoplágio. Woodward foi contratado pela Globo para desenhar a abertura. E usou seu próprio trabalho como referência.
Se o próprio usou um outro trabalho como referência e a TV Globo gostou, qual o problema nisso. Podemos dizer então que foi um plágio autorizado e feito pelo próprio autor do filme.

 

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