Na decisão, o desembargador expõe as razões para negar a apelação da Cinearte. "Não se pode afastar o argumento da autora/apelada de que caberia à cedente (ré/apelante) informar os dados do valor referente às prorrogações e, como isso não foi feito, não há que se falar em expiração do prazo para se efetivar a prorrogação em questão", relata o magistrado.
Segundo o processo, a Cinearte recebe US$ 60 mil anualmente para não comercializar o filme gravado em 1982. O contrato era de oito anos, mas a empresa de Xuxa afirma ter feito depósitos por mais de dezoito anos.
Ainda segundo os autos, em 2009, a Cinearte quis renegociar o valor do pagamento e cobrou R$ 240 mil. Na época, a justificativa da distribuidora era a desvalorização cambial. No fim daquele ano, um representante da Cinearte informou à empresa de Xuxa que não haveria mais acordo e que estaria livre para "firmar outros compromissos".
Mesmo com o impasse, a Xuxa Produções Artísticas efetuou depósito de
pouco mais de R$ 104 mil, mas a Cinearte rechaçou o pagamento. A
iniciativa motivou a apresentadora a pedir uma antecipação de tutela
para impedir que a distribuidora comercializasse o filme com terceiros. O
pedido foi aceito em primeira instância e confirmado em sentença,
negando recurso da distribuidora. Agora, o recurso da Cinearte voltou a
ser negado. De acordo com o processo, a empresa de Xuxa segue efetuando
os depósitos. O último, de 2012, foi de cerca de R$ 119 mil.
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