Rangel falou na abertura do segundo dia do Rio Content Market, maior evento do mercado de produção independente brasileiro.
O dirigente apresentou uma nova previsão oficial de crescimento da TV paga no Brasil. Segundo sua projeção, o Brasil terá em 2017 mais de 35 milhões de assinantes, atingindo 60% dos domicílios com TV no país.
Isso quer dizer que o setor deverá dobrar de tamanho em quatro anos. Hoje, o país tem pouco mais de 16 milhões de domicílios com TV por assinatura. Vinte e sete por cento das residências com televisor têm TV paga.
A chegada da TV paga ao patamar de 60% de penetração deverá ter forte impacto na TV aberta, que perderá ainda mais audiência.
“A realidade será outra a partir do momento que tivermos mais de 60% de TV por assinatura”, disse Rangel no Rio Content Market.
A projeção de Rangel é semelhante à do mercado de TV paga, mas diverge de estimativa do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
Em julho do ano passado, Bernardo afirmou que o país teria 50% dos domicílios com TV paga até o final de 2014, o que não deverá ocorrer.
Balanço
Segundo Rangel, o número de obras brasileiros quadruplicou durante 2012 em 15 canais monitorados pela Ancine, graças à cota de conteúdo nacional. Foi de 56 exibições de programas nacionais em janeiro para 273 em dezembro.
O número de canais credenciados brasileiros de espaço qualificado cresceu. Já são 16 transmitindo três horas diárias de conteúdo nacional e quatro com pelo menos 12 horas.
Na fiscalização, a Ancine detectou que operadoras não estavam cumprindo as cotas de canais nacionais (um a cada seis de entretenimento) em todas os pacotes.
“Tivemos alguns casos de reparação espontânea, e aqueles que não fizeram a reparação estão sendo autuados”, afirmou.
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