A "escalada" da violência, a proibição de partos domésticos no Rio de Janeiro, a obrigatoriedade de exame para médicos recém-formados em São Paulo, a crise econômica na Espanha, o assassinato de 12 pessoas em um cinema do Colorado, Estados Unidos.
Quase todas as principais notícias do dia estavam no "Jornal Nacional" de ontem.
Mas, na véspera da estreia do futebol feminino brasileiro na Olimpíada de Londres, o principal telejornal brasileiro não deu uma única palavra sobre o evento esportivo do ano. Nem sobre o corte de Rafael, goleiro da seleção brasileira de futebol, que se machucou.
Pela primeira vez sem os direitos de transmissão de uma Olimpíada, a Rede Globo vem ignorando solenemente o evento. Até no "Globo Esporte", o "telejornal" esportivo da emissora, não se fala de Londres. Fala-se de sumô, como relatou Maurício Stycer no UOL, mas de Jogos, nada.
A Olimpíada só não passou totalmente em branco para o telespectador do "JN" porque a propaganda do patrocinador do telejornal, um banco privado, faz menção aos Jogos ("Agora é BRA", diz o comercial).
Irônico, o "JN" de 24 de julho de 2012 terminou com uma reportagem de 2 minutos e 25 segundos sobre um casal de ingleses que concluiu no Rio uma jornada de 21.294 km, percorrendo 12 países da América do Sul sobre bicicletas. Um feito com o tal do "espírito olímpico". E lá estavam, nas bicicletas, as bandeiras da Inglaterra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário