TV Globo perde otimismo com novo programa de Fátima Bernardes

O programa que Fátima Bernardes (foto) estreará até julho já não é mais unanimidade dentro da TV Globo.

Parte da cúpula da emissora já se convenceu de que a atração dificilmente será a salvação das manhãs no Ibope - nos corredores, até se faz piada com o "milagre de Fátima".

Essa ala avalia que o programa, passada a euforia da estreia, não passará dos oito pontos na Grande São Paulo.

O principal argumento dos "pessimistas" é o de que não há público disponível de manhã para um ibope superior a oito pontos.

Na segunda-feira da semana passada, por exemplo, o total de televisores ligados no horário do "TV Globinho" foi de 26%.

O programa infantil da Globo deu 06 pontos, contra 05 da Record e 05 do SBT. Somadas, as cinco maiores redes abertas marcaram 20 pontos. Os demais seis pontos estavam espalhados entre os chamadados "outros canais" (canais UHF e pagos) e "outros aparelhos" (DVDs, videogames).

A avaliação é que o programa de Fátima Bernardes não irá tirar pontos do SBT. Pelo contrário, o SBT deve crescer, conquistando os órfãos do "TV Globinho". Restará à nova atração disputar público com os programas da Record, Bandeirantes e Rede TV!. E isso não será tarefa fácil.

Ausência

No ar desde fevereiro, o Fox Sports não aparece no ranking dos 50 canais mais vistos da TV paga em abril, mesmo exibindo com exclusividade jogos da Libertadores. Há uma explicação: o Ibope só passou a aferir o público do novo canal em 1º de maio. E os primeiros dados, não oficiais, já mostram o Fox Sports à frente da ESPN.

Disputa

O advogado Belisário dos Santos Jr. (foto) venceu ontem a eleição para presidente do conselho curador da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura. Santos Jr. obteve 26 votos, contra 15 de Jorge da Cunha Lima. Foi a segunda votação. Na primeira, os concorrentes empataram com 15 votos cada um.

O presidente do conselho curador não tem funções executivas (quem "manda" na Cultura é o presidente-executivo, João Sayad, indicado pelo governador do Estado). Cabe ao ocupante do cargo, que é remunerado, coordenar um grupo de notáveis que opinam nos assuntos da emissora.