Na luta que trava já há alguns anos contra a Rede Globo, a Rede Record entende como uma das suas vitórias mais importantes a aquisição dos direitos de transmissão destes Jogos Pan-Americanos de Guadalajara e dos Jogos Olímpicos de Londres, no ano que vem.
A exclusividade obtida pela Record nestes dois eventos representa, de fato, a quebra num padrão que parecia estabelecido para sempre pela Globo. É uma novidade que abre muitas possibilidades, mas levanta um grande número de dúvidas.
Para a Record, é a chance de mostrar para o seu público e para o mercado publicitário que ela é uma emissora grande, capaz de transmitir eventos de grande porte com qualidade. Só isso explica a presença de mais de 270 funcionários da emissora em Guadalajara, bem mais do que seria necessário, assim como o orgulho exagerado que está exibindo em todos os seus programas.
É dentro desta lógica que pode ser entendida a postura agressiva da emissora, confrontando a Globo por usar imagens do Pan sem autorização. A Record quer ser respeitada pela concorrente, o que nunca aconteceu, e tenta pressioná-la. Exige que a Globo peça autorização para usar as imagens e as exiba junto com o seu logotipo.
O ponto fraco desta estratégia é a audiência. Com menos da metade do Ibope que sua concorrente, a emissora paulista se vê pressionada por todos os lados, em especial, os atletas e seus patrocinadores.
Todos precisam aparecer para valorizar suas marcas. Comparada à que tinham na Globo, a exposição de atletas na Record é muito menor, e diminui ainda mais quando a emissora briga com a concorrente e restringe o uso de suas imagens.
Sem se identificar, naturalmente, atletas já se queixam desta situação. “A gente fala com o patrocinador e eles dizem que sem a Globo é complicado. A gente fala com a Record para fazerem matéria com a gente e eles dizem que não tem recursos...”, disse um atleta presente em Guadalajara.
O superintendente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Marcus Vinícius Freire, resumiu muito bem esta questão em entrevista ao UOL Esporte: “Não considero prejudicial (a exclusividade da Record). Faz parte do mercado ter mais players no negócio. Depois, temos de procurar os caminhos. Em todo problema, você arruma uma oportunidade”.
Esse problema explica a insistência da Record em frisar que não tem nada contra a exibição de imagens do Pan em outras emissoras, muito pelo contrário. Apenas quer ser creditada pelos seus direitos.
Curiosamente, ao tratar desta sua briga com a Globo no principal telejornal da casa, o “Jornal da Record”, a emissora citou a reportagem do UOL Esporte sobre o assunto, mostrando inclusive a página, mas não mencionou o nome do portal. O mesmo respeito que cobra de seus concorrentes, a Record não teve com o UOL Esporte.
A exclusividade obtida pela Record nestes dois eventos representa, de fato, a quebra num padrão que parecia estabelecido para sempre pela Globo. É uma novidade que abre muitas possibilidades, mas levanta um grande número de dúvidas.
Para a Record, é a chance de mostrar para o seu público e para o mercado publicitário que ela é uma emissora grande, capaz de transmitir eventos de grande porte com qualidade. Só isso explica a presença de mais de 270 funcionários da emissora em Guadalajara, bem mais do que seria necessário, assim como o orgulho exagerado que está exibindo em todos os seus programas.
É dentro desta lógica que pode ser entendida a postura agressiva da emissora, confrontando a Globo por usar imagens do Pan sem autorização. A Record quer ser respeitada pela concorrente, o que nunca aconteceu, e tenta pressioná-la. Exige que a Globo peça autorização para usar as imagens e as exiba junto com o seu logotipo.
O ponto fraco desta estratégia é a audiência. Com menos da metade do Ibope que sua concorrente, a emissora paulista se vê pressionada por todos os lados, em especial, os atletas e seus patrocinadores.
Todos precisam aparecer para valorizar suas marcas. Comparada à que tinham na Globo, a exposição de atletas na Record é muito menor, e diminui ainda mais quando a emissora briga com a concorrente e restringe o uso de suas imagens.
Sem se identificar, naturalmente, atletas já se queixam desta situação. “A gente fala com o patrocinador e eles dizem que sem a Globo é complicado. A gente fala com a Record para fazerem matéria com a gente e eles dizem que não tem recursos...”, disse um atleta presente em Guadalajara.
O superintendente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Marcus Vinícius Freire, resumiu muito bem esta questão em entrevista ao UOL Esporte: “Não considero prejudicial (a exclusividade da Record). Faz parte do mercado ter mais players no negócio. Depois, temos de procurar os caminhos. Em todo problema, você arruma uma oportunidade”.
Esse problema explica a insistência da Record em frisar que não tem nada contra a exibição de imagens do Pan em outras emissoras, muito pelo contrário. Apenas quer ser creditada pelos seus direitos.
Curiosamente, ao tratar desta sua briga com a Globo no principal telejornal da casa, o “Jornal da Record”, a emissora citou a reportagem do UOL Esporte sobre o assunto, mostrando inclusive a página, mas não mencionou o nome do portal. O mesmo respeito que cobra de seus concorrentes, a Record não teve com o UOL Esporte.
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