Elenco e técnicos do filme "Somos Tão Jovens", sobre a juventude do cantor Renato Russo, estão há três meses sem receber pelo último mês de filmagens.
No contrato que os atores assinaram com a produtora Canto Claro Produções Artísticas, responsável pelo filme, o cachê seria depositado quatro dias após o final das filmagens, encerradas em julho.
Mas, de acordo com atores que trabalharam no filme, apenas os principais nomes do elenco receberam quase tudo o que tinham direito. A maioria dos técnicos e atores não teria recebido nada do último mês de trabalho.
Antonio Carlos da Fontoura, diretor do filme e da Canto Claro Produções Artísticas, confirma o atraso no pagamento, mas minimiza a situação.
“Evidente que não é uma mentira, mas é tudo muito menor do que estão falando”, argumenta.
O cineasta afirma já ter pago mais de 95% da equipe do longa. “Falta o acerto de apenas uma semana das filmagens com alguns atores, algo em torno de 5% de toda a equipe, pois todo o restante do elenco já recebeu tudo que lhes era devido anteriormente", diz.
Fontoura conta que o atraso no pagamento se deve, sobretudo, a entraves burocráticos das leis de incentivo ao cinema brasileiro. O longa foi autorizado pela Ancine (Agência Nacional do Cinema) a captar R$ 6,5 milhões em incentivos fiscais.
“O acontecido é que alguns patrocinadores atrasaram parcelas de seus pagamentos e aguardamos que cumpram suas obrigações para que tenhamos possibilidade de cumprir com as nossas”, explica Fontoura.
O Filme
"Somos Tão Jovens" tem Brasília como cenário e retrata a vida do cantor Renato Russo dos 16 anos, quando ele vivia numa cadeira de rodas, até os 22, quando começou a fazer sucesso com a banda Legião Urbana. Russo morreu em outubro de 1996.
O título do filme, que se chamaria "Religião Urbana", foi trocado a pedido da mãe de Renato Russo, Maria do Carmo Manfredini.
Outro filme sobre a Legião, a ser lançado em breve, é "Faroeste Caboclo".
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