Se a Rede Globo levou a melhor na disputa pelos direitos de transmissão do Brasileiro do próximo ano, o mesmo não se pode dizer da negociação para exibir os Jogos Olímpicos de 2012, em Londres. Como se sabe, a emissora perdeu a parada para a Rede Record, que adquiriu o direito de exibição exclusiva na TV aberta brasileira.
Como vai se comportar a emissora líder de audiência sem poder mostrar os Jogos? Vai enviar uma grande equipe a Londres? Vai ignorar a competição? Qual será a sua estratégia? Estas são questões que intrigam o mercado.
Em entrevista ao UOL Esporte, o diretor-geral da Rede Globo, Octavio Florisbal, garantiu que a emissora não vai esconder os Jogos, mas se limitará a ?uma cobertura jornalística? do evento. Ele relatou ainda detalhes sobre a negociação perdida para a Record e falou, também, dos Jogos de 2016, no Rio. Veja abaixo os principais trechos da entrevista sobre o assunto:
Como vai se comportar a emissora líder de audiência sem poder mostrar os Jogos? Vai enviar uma grande equipe a Londres? Vai ignorar a competição? Qual será a sua estratégia? Estas são questões que intrigam o mercado.
Em entrevista ao UOL Esporte, o diretor-geral da Rede Globo, Octavio Florisbal, garantiu que a emissora não vai esconder os Jogos, mas se limitará a ?uma cobertura jornalística? do evento. Ele relatou ainda detalhes sobre a negociação perdida para a Record e falou, também, dos Jogos de 2016, no Rio. Veja abaixo os principais trechos da entrevista sobre o assunto:
COBERTURA JORNALÍSTICA
Os direitos dos Jogos Olímpicos de 2012 pertencem, em TV aberta, à Record. Nossa cobertura, de acordo com o que está estabelecido no COI, e com o que prevê a Lei Pelé, será o que chamamos de "fair use". Quer dizer, tem uma partida de vôlei e você tem direito a três minutos para exibir nos seus telejornais. Não pode comercializar, não pode ter patrocínio. No nosso caso, vamos fazer uma cobertura jornalística esportiva do evento em si. Até porque não pode ser diferente.
ESCONDER?
Não [vamos esconder]. Porque temos um acordo de longo prazo com as principais federações e confederações olímpicas. Nós temos com eles um projeto de longo prazo. Não vamos prejudicar este projeto por causa de 2012. Lamentavelmente, decidimos não concorrer por um valor que foi colocado, então vamos cobrir jornalisticamente. Não vamos esconder, não.
A NEGOCIAÇÃO
Nós tínhamos uma visão de que os Jogos Olímpicos de 2012 deviam valer, para o Brasil, entre US$ 25 milhões e US$ 30 milhões. Porque a anterior se tinha pago US$ 12 milhões, US$ 15 milhões. E foi essa oferta que fizemos, dentro da realidade de mercado. Nós vivemos de audiência e publicidade. Se passar daqui, vai dar prejuízo. Até onde eu quero ir com este prejuízo? A oferta vencedora foi o dobro disso. Talvez porque tenha outras condições. Nós deliberadamente estabelecemos um limite para concorrer dentro de realidades de mercado. O concorrente chegou e ofereceu o dobro do que nós tínhamos oferecido. O COI deve ter ficado muito feliz, lógico.
SEM EXCLUSIVIDADE EM 2016
Para 2016, adotamos uma outra estratégia. Fizemos uma parceria com a Bandeirantes. Falamos: Globo e Bandeirantes oferecem tanto e não querem exclusividade. Se o COI quiser vender para uma terceira rede, uma quarta rede, pode vender. E ai foi feito assim. O COI fechou com a Globo e a Bandeirantes e depois vendeu para a Record. Por quê? Porque senão iria ficar um valor estratosférico, totalmente fora da realidade do mercado. Não é exclusivo, todos fazem, mas quem tiver o melhor conteúdo, melhor cobertura, terá maior audiência.
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