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quarta-feira, 2 de março de 2011

Justiça agora manda Taça das Bolinhas ficar com o São Paulo

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Na noite de ontem, o juiz Marcelo Mesquita Saraiva, da 15ª Vara Cível da Justiça Federal em São Paulo, julgou ação de manutenção de posse do São Paulo para que o troféu permanecesse no clube até o fim do imbróglio.
Saraiva deu razão ao time e determinou que a taça permaneça no Morumbi até o término da polêmica, que envolve também o Flamengo e o Sport.
A decisão vai de encontro a outra tomada por um juiz do Rio de Janeiro determinando que o São Paulo devolva o troféu em 24 horas à CEF (Caixa Econômica Federal), já que ela é reivindicada também pelo Flamengo, que teve o seu título de 1987 reconhecido pela CBF e também se tornou pentacampeão, como o São Paulo.
O clube paulista, por motivos óbvios, prefere obedecer à Justiça federal de São Paulo e ficar com a taça. 

EM PERNAMBUCO

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Também na terça à noite, o juiz Francisco Alves, da 2ª Vara Federal, decretou que o Sport seja reconhecido pela CBF, em 48 horas, o único campeão brasileiro de 1987.
Com isso, o Flamengo, que era considerado pela entidade o co-campeão daquele ano, passará a ter cinco títulos nacionais oficiais e não poderá reivindicar a posse do troféu de vida polêmica, já que o clube carioca alcançou o feito depois do São Paulo.
"Fiquei estarrecido. Discutir título de um campeonato de futebol na Justiça não me parece o foro mais correto. Isso tem que ser discutido internamente, na CBF", comentou o vice-jurídico flamenguista, Rafael de Piro.
A taça, concedida pela Caixa ao primeiro clube cinco vezes campeão brasileiro, está com o time do Morumbi há cerca de duas semanas. Mas havia uma liminar na Justiça que o obrigava a devolvê-la.
A discórdia está relacionada ao ano de 1987, quando a CBF deixou a organização do Brasileiro nas mãos do Clube dos 13. O Flamengo venceu o principal módulo da Copa União, mas, em comum acordo com os outros times da elite, não enfrentou os melhores do outro módulo.
Na época, o Sport foi decretado campeão brasileiro pela CBF e disputou a Libertadores. O título do Flamengo foi reconhecido pela organização do campeonato.
Amparada por uma decisão jurídica final, a qual não cabe recurso, favorável ao Sport, a Caixa entregou a taça ao São Paulo. Uma semana depois, no entanto, a CBF passou a considerar também o título da equipe do Rio.
A CBF informou que só irá comentar a decisão quando for notificada judicialmente.

 Mônica Bérgamo

Um comentário:

  1. Nas decisões judiciais que colidem, de São Paulo e do Rio de Janeiro, ocorre o que poderia se chamar de conflito positivo de competência, quando dois magistrados afirmam ter a mesma competência. Só que o motivo é muito pobre, reles, chinfrim.
    Essa taça das bolinhas, oferecida a quem foi cinco vezes campeão brasileiro pela primeira vez, na verdade, deveria ser entregue ao Santos F.C. Isso se valer o critério para entregá-la ao Flamengo, que utiliza um título ganho no tapetão, o de 1987. É bom que se diga, o Flamengo perdeu aquele título em campo, por WO, por abandono, por desistência. Ora, se na contagem dos cinco títulos vale um que nem foi ganho, e sim perdido, o de 1987, mas que recebeu de mão beijada da CBF, como uma dádiva. Então, valendo o tapetão, valem os títulos do Santos, de 1961 a 1965, legitimamente conquistados de forma consecutiva, igualmente reconhecidos pela CBF, como foi o do Flamengo, com a grande diferença de que foram conquistados em campo, e de forma brilhante, incontestável.

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