Seis meses depois de iniciar o processo de implosão do Clube dos 13, Andrés Sanchez viu sua missão praticamente concluída. A detonação final parece ter sido a decisão da Rede Record de abandonar a concorrência para TV aberta no Campeonato Brasileiro.
A maioria dos clubes já conversou com a Rede Globo e Record. Está claro quanto cada um quer para vender os direitos referentes a seus jogos. Em seu comunicado de desistência, a Record disse que pode voltar à disputa se os times se unirem para negociar.
Sem o C13, só existem duas maneiras de os cartolas voltarem a se juntar: criando uma nova Liga, que é o principal desejo, ou entregando a negociação para a CBF, que já é a responsável pela competição.
Como a criação da Liga leva tempo e os dirigentes têm pressa para pegar as luvas referentes ao novo acordo, a confederação aparece como uma solução provisória. A CBF sempre negou ter interesse em administrar o contrato. Mas diretores do C13 desconfiam que essa é a sua intenção.
O fato é que se Kléber Leite tivesse vencido a eleição no C13, Ricardo Teixeira teria um homem de confiança para tocar assuntos relativos ao Brasileirão enquanto ele se dedicaria só à Copa de 2014 e à futura candidatura à presidência da Fifa. Se for criada, a nova Liga deverá ter no comando um aliado do presidente da CBF.
Apesar dos interesses individuais, voltar a se agrupar de alguma maneira é interessante para os cartolas. Seria a única forma de arrancar um lance da Record para impulsionar um leilão com a Globo.
Enquanto a definição não acontece, no meio das cinzas do C13 pode-se ver a imagem de Andrés como o vencedor. Concluiu a tarefa de arrasar a entidade, vingar a derrota da CBF na última eleição e está perto de realizar o sonho de ver o Corinthians ganhando mais dinheiro da TV do que São Paulo, Palmeiras e Vasco.
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