O sucesso de “Vale Tudo” no Viva abre uma interessante discussão sobre a viabilidade da estratégia do novo canal em exibir títulos consagrados da teledramaturgia brasileira. A novela de Gilberto Braga ocupou o horário nobre em 1988 e é considerada uma das obras mais importantes deste gênero, deixando marcas no público que agora se encanta novamente com personagens bem construídas, como a vilã Odete Roitman, a ambiciosa Maria de Fátima e a guerreira Raquel, entre outros. “Vale Tudo” é a maior audiência do Viva, lidera na TV por assinatura em seu horário de exibição e na faixa alternativa (12h) só perde para os canais infantis. O fato é que o telespectador gosta de novelas bem escritas e, como nem sempre uma história interessante é produzida, o Viva não poderá escalar entre 18h e 23h as reprises mais desejadas pelo público porque corre o risco de tirar telespectadores da própria Rede Globo. O verdadeiro “Vale a Pena Ver de Novo” está na TV a cabo em horários mais avançados, uma vez que por restrições de classificação e necessidades de mercado à tarde entram no ar títulos mais recentes e com temática mais suave. As novelas mais antigas e mais densas em conteúdo serão destinadas ao Viva. Só vamos torcer para a Globo não ficar enciumada com o sucesso dessas reprises na TV a cabo.
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