Apesar de estar sob contenção de despesas, para cobrir um rombo de pelo menos R$ 10 milhões, a TV Cultura descartou dois cenários do novo Jornal da Cultura, que reestreia hoje.
Normalmente, nas emissoras comerciais, os cenários são desenhados e aprovados antes de serem executados. Na Cultura, dois projetos foram reprovados depois de prontos, de acordo com vários funcionários da emissora.
Até uma mesa do famoso arquiteto finlandês Eero Saarinen foi comprada para compor o cenário. O objeto, no entanto, não será aproveitado pelo telejornal, que passará a ser apresentado por Maria Cristina Poli e trocará o noticiário que todas as emissoras têm por reportagens mais analíticas e por debates que aprofundem os principais acontecimentos.
O telejornal terá cinco duplas de debatedores fixos, que se revezarão durante a semana. Entre eles estão o roteirista Paulo Lins (autor do livro que gerou o filme "Cidade de Deus"), o sociólogo Demétrio Magnoli, o historiador Marco Antônio VIlla, o filósofo Vladimir Safatle e o economista Alexandre Schwartsman.
As mudanças no cenário do "Jornal da Cultura" explicam, em parte, o atraso na estreia do novo formato, inicialmente marcada para o dia 13, depois adiada para 20 de setembro.
A TV Cultura, por meio de sua assessoria de imprensa, nega que tenham sido descartados dois cenários. Afirma que o cenário, a princípio, seria uma adaptação do antigo, mas que a direção da emissora achou melhor fazer um novo.
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